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‘Aranha’ de Bourgeois é leiloada, abaixo do esperado, por US$ 30 milhões

Com três metros de altura e cinco de comprimento, a escultura foi adquirida em 1996 pela Fundação Itaú, braço cultural do Itaú Unibanco

FolhaPress

19/05/2023 7h56

Foto: Divulgação

São Paulo – SP

A primeira “Aranha” de Louise Bourgeois já tem um novo dono. A escultura, que ficou famosa por passar décadas em exibição no Museu de Arte Moderna de São Paulo, o MAM, foi leiloada na noite desta quinta-feira (18) por US$ 30 milhões na Sotheby’s de Nova York. O valor, equivalente a cerca de R$ 149 milhões, ficou abaixo das expectativas.

Dono da Bolsa de Arte, a maior casa de leilões do Brasil, Jones Bergamin afirma que, não fosse a iminência de uma crise econômica nos Estados Unidos, que impõe juros altos aos colecionadores de arte, a obra teria sido vendida por pelo menos US$ 40 milhões.

Prova disso, diz Bergamin, é que oito anos atrás outra peça da mesma coleção foi vendida por US$ 30 milhões e, há quatro anos, por US$ 32 milhões. Em sua avaliação, esta deveria ser mais cara não só por causa da correção monetária, mas porque foi a primeira que Bourgeois fez.

Como de praxe, a identidade do comprador não foi revelada, mas Bergamin aposta que, se for um marchand, a obra não deve demorar para ser leiloada novamente.

“Foi decepcionante a venda”, diz. “Se for um colecionador, ele vai colocar em casa. Se for um marchand, vai levar para a Europa, colocar em exposição num palácio ou numa feira importante e tentar vender por um preço mais alto com mais calma.

Com três metros de altura e cinco de comprimento, a escultura foi adquirida em 1996 pela Fundação Itaú, braço cultural do Itaú Unibanco. Na ocasião, a peça foi um dos grandes destaques da Bienal de São Paulo, o que levou à sua aquisição pelo colecionador e cofundador do banco, Olavo Setúbal.

Desde a aquisição, a peça foi cedida pelo grupo a instituições culturais como o museu Inhotim, em Minas Gerais, e o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. Ela ficou conhecida, porém, por sua exibição no MAM, em São Paulo, onde ficou estacionada entre 1997 e 2018.

A Fundação Itaú afirma que optou por vender a peça pela relevância e perfil da obra. O MAM de São Paulo diz que a exibição foi um marco na história do museu, mas não opinou sobre a venda.

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