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Economia

Repercutindo eficácia de vacina, mercados internacionais têm manhã de alta

Na China, os mercados se enfraqueceram nesta quarta após Pequim colocar propostas em consulta pública para regular o setor de tecnologia

Redação Jornal de Brasília

11/11/2020 8h12

As Bolsas da Ásia fecharam sem direção única nesta quarta-feira, 11, com algumas ainda sustentadas pela perspectiva de que surja em breve uma vacina viável contra a covid-19 e outras pressionadas por propostas de regulação da China que derrubaram ações do setor de tecnologia.

No começo da semana, a Pfizer e a BioNTech anunciaram que sua vacina experimental para o novo coronavírus tem mostrado eficácia superior a 90%. Desde então, a notícia vem ajudando a alimentar o apetite por investimentos considerados mais arriscados, como ações.

Na China, porém, os mercados se enfraqueceram nesta quarta após Pequim colocar propostas em consulta pública para regular o setor de tecnologia. As propostas trazem diretrizes de como a lei antimonopólio chinesa, de 2008, será aplicada a empresas de internet. O governo chinês está preocupado, por exemplo, com práticas como a de oferecer serviços abaixo do preço de custo para eliminar a concorrência.

Bolsas da Ásia

O índice acionário japonês Nikkei subiu 1,78% em Tóquio, a 25.349,60 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 1,35% em Seul, a 2.485,87 pontos, em seu oitavo pregão consecutivo de ganhos, e o Taiex registrou alta de 1,38% em Taiwan, a 13.262,19 pontos.

Principal índice chinês, o Xangai Composto caiu 0,53%, a 3.342,20 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 1,94%, a 2.263,96 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng cedeu 0,28%, a 26.226,98 pontos, após os gigantes de internet Alibaba e Tencent sofrerem tombos de 9,8% e 7,2%, respectivamente. A queda do Alibaba foi a maior desde que sua ação foi listada em Hong Kong, há cerca de um ano.

O mau humor da área de tecnologia também veio com o fraco desempenho do Nasdaq, que caiu, na terã-feira, 10, 1,37% em Nova York em meio à desvalorização de “giant techs” americanas que se beneficiam com medidas de confinamento motivadas pela pandemia de coronavírus.

Na Oceania, a expectativa por uma vacina contra a covid-19 e sinais de que a Austrália superou sua segunda onda de infecções pela doença impulsionaram a Bolsa de Sydney. O S&P/ASX 200 avançou 1,72%, a 6.449,70 pontos, atingindo o maior patamar desde o fim de fevereiro, após autoridades australianas anunciarem que o país não registrou novos casos de transmissão local por quatro dias seguidos.

Bolsas da Europa

As Bolsas da Europa trilham para mais uma manhã de alta, a terceira da semana, estendendo o rali positivo – embora mais limitado – por conta da vacina contra a covid-19, enquanto o temor quanto ao impacto econômico da segunda onda é ofuscado. Diante da trégua da safra de balanços no front corporativo, os investidores monitoram uma série de discursos dos membros do Banco Central Europeu (BCE), incluindo a chefe da autoridade monetária, Christine Lagarde.

Às 6h40, no horário de Brasília, o Stoxx-600, que representa 90% das ações europeias, tinha alta de 0,55%, aos 386,58 pontos. Com o empurrão da vacina, o índice pan-europeu tenta alcançar o maior nível em nove meses, onde estava antes de a pandemia condicioná-lo a um percurso de baixas.

Também às 6h40, nos mercados acionários da Europa, o FTSE 100, de Londres, subia 0,43%, e o DAX, de Frankfurt, e o CAC 40, de Paris, tinham altas de 0,36% e 0,31%, nesta ordem. Na Bolsa de Milão, o índice FTSE MIB registrava ganho de 0,23% e o IBEX 35, de Madri, de 0,03%. Já o PSI 20, de Lisboa, apontava valorização de 0,20%.

Petróleo

Os contratos futuros do petróleo aceleraram ganhos nesta manhã, com altas de mais de 3%, após o American Petroleum Institute (API) estimar no fim da tarde de ontem que o volume de petróleo bruto estocado nos EUA sofreu queda de 5,1 milhões de barris na semana passada. Desde o começo da semana, a commodity vem acumulando robustos ganhos em meio a expectativas de que surja em breve uma vacina viável contra a covid-19. Nas próximas horas, investidores vão acompanhar o relatório mensal da Opep sobre o mercado de petróleo. Às 7h06 (de Brasília), o barril do petróleo WTI para dezembro subia 3,29% na Nymex, a US$ 42,72, enquanto o do Brent para janeiro avançava 3,12% na ICE, a US$ 44,97.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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