Mais de 60% dos micro e pequenos empresários do Distrito Federal não conseguiram acesso aos programas de crédito até então. Os programas visam auxiliar os empresários em meio à pandemia do novo coronavírus.
Uma pesquisa feita pelo Sebrae, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) entre os dias 30 de abril e 5 de maio, aponta que 23,3% dos entrevistados da amostra necessitam de uma quantia de até R$ 5 mil para manter o negócio em pleno funcionamento.
O levantamento, realizado em todo o Brasil, ouviu Microempreendedores Individuais (MEIs) e proprietários de micro e pequenas empresas. No âmbito do Distrito Federal, 87,6% dos empresários afirmaram sofrer com impactos da pandemia no faturamento mensal de seus empreendimentos. Para 2,2% dos entrevistados, o lucro aumentou, enquanto que para 1,9% as cifras mensais permaneceram iguais.
A pesquisa revelou, ainda, que 64,5% dos empresários disseram que recorrerão a soluções de crédito para manterem seus empreendimentos em funcionamento, sem a necessidade de demissões. Os que disseram não precisar de empréstimo para manter as portas abertas ao fim das pandemia somam 15,5%.
As elevadas taxas de juros praticadas pelas instituições financeiras, o excesso de burocracia e a dificuldade de oferecer garantias por parte das pequenas empresas são, segundo o Sebrae, as principais causas da dificuldade de acesso a créditos bancários.
Já entre aqueles que buscaram crédito junto a uma instituição financeira, uma tímida parcela de 14,6% garante ter conseguido o empréstimo e cerca de 24% ainda aguardam por uma resposta negativa ou positiva.
Dos mais de 61% que não conseguiram o acesso a uma solução de crédito, quase 18% acharam a taxa de juros muito alta; 24% estão com a situação negativada;13,6% não conseguiram apresentar garantias ou avalistas e 6% não conseguiram aprovar o cadastro.
