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Economia

Indicadores da atividade sugerem possibilidade de retomada da recuperação, diz BC

Para o BC, essa retomada ocorrerá em ritmo gradual

Redação Jornal de Brasília

31/07/2019 19h19

Foto: Agência Brasil

No comunicado da decisão de reduzir a Selic (a taxa básica da economia) de 6,50% para 6,00% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central avaliou que os indicadores recentes da atividade econômica sugerem “possibilidade de retomada do processo de recuperação da economia brasileira”. Para o BC, essa retomada ocorrerá em ritmo gradual. 

Na decisão anterior do colegiado, de junho, o Copom havia admitido a interrupção dessa recuperação da economia no trimestre anterior, mas já contemplava a retomada desse processo adiante. 

A avaliação do BC sobre o cenário externo também mudou de “menos adverso” para “benigno” de uma reunião para outra, em decorrência das mudanças de política monetária nas principais economias do mundo. “Entretanto, os riscos associados a uma desaceleração da economia global permanecem”, ponderou o comunicado da autoridade monetária.

O Copom repetiu ainda que as diversas medidas de inflação continuam em níveis confortáveis, inclusive no setor de serviços

CNI: Copom acertou ao reduzir Selic; para indústria juros podem cair para 5,25%

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central acertou ao reduzir em 0,50 ponto porcentual os juros básicos da economia, fixando a taxa Selic em 6% ao ano. 

“O fraco desempenho da atividade, a inflação baixa e o movimento global de corte nos juros, especialmente nos países emergentes, justificam a decisão do Banco Central”, avalia o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, em nota divulgada pela entidade.

Andrade acrescenta ainda a aprovação em primeiro turno da reforma da Previdência pela Câmara como um passo importante para o ajuste de longo prazo das contas públicas. Para ele, “a conclusão da reforma abrirá caminho para novas reduções dos juros”.

Para a indústria, a taxa de juros ainda pode cair para 5,25% ao ano no final de 2019. Segundo Andrade, a queda dos juros é importante para estimular o consumo das famílias e os investimentos das empresas, além de reativar a economia. 

Firjan e Fiesp

Duas das maiores entidades que representam a indústria brasileira, a Firjan, do Rio, e a Fiesp, de São Paulo, comemoraram a decisão do Banco Central de cortar a Selic de 6,5% para 6,0%, mas argumentam que é preciso mais ações para fazer a economia crescer mais, incluindo o avanço das reformas estruturais e novos cortes de juros.

“A Firjan acredita que a redução da taxa básica de juros vai na direção correta, estimulando o crescimento econômico sem correr o risco de perder o controle da inflação”, ressalta nota da entidade. “A Firjan reitera a necessidade da concretização da reforma previdenciária e ressalta a importância da inclusão de Estados e municípios”, ressalta o comunicado.

“A redução é positiva, mas já existe espaço para mais cortes na Selic”, defende o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, argumentando que a taxa poderia cair para o nível de 5% nos próximos encontros. “Com as projeções de inflação medidas pelo boletim Focus abaixo dos 4% desde maio – frente à meta de 4,25% – e as sucessivas revisões para baixo que temos verificado na projeções de crescimento para 2019, uma Selic na casa de 5% ao ano pode estimular a retomada do crescimento econômico e a geração de emprego que o Brasil tanto almeja”, afirma em comunicado.

Estadão Conteúdo. 

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