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Economia

“Capacetes Amarelos”: grupo protesta contra taxação do sol

Segundo organizadores do protesto, a mudança na resolução pode determinar o fim da autonomia de cada cidadão em gerar sua energia a partir do sol

Aline Rocha

06/11/2019 13h45

Foto: Agência Brasil

Da Redação
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Inspirado no grupo francês “Coletes Amarelos”, movimento que envolve empresários, trabalhadores e consumidores de energia solar vai manifestar na próxima quinta-feira (7) contra a cobrança de 63% dos créditos sobre a geração dessa energia, conforme propõe mudança em resolução da Aneel.

Intitulado “Capacetes Amarelos”, o movimento faz alusão à ação Coletes Amarelos, que perdura na França desde 2018, com forte engajamento da sociedade. A audiência acorre no Clube do Exército, às 8h.

Segundo organizadores do protesto, a mudança na resolução pode determinar o fim da autonomia de cada cidadão em gerar sua energia a partir do sol, indo na contramão do mundo e da sustentabilidade.

De 2012 a 2018 esse setor registrou cerca de 72 mil empregos diretos e, até o final de 2019, serão mais de 37 mil, totalizando 109 mil empregos diretos. “Hoje são mais de 12 mil CNPJs de pequeno e médio porte distribuídos por todos os municípios do Brasil. Empresas abertas em meio à crise, quando muitos investiram suas economias para empreender após perderem seus empregos, ou seja, milhares de famílias desempregadas que hoje movimentam a economia local”, atenta o empresário.

Alteração

Entre 2012 e 2018, a Aneel incentivou investimentos no setor e garantiu que contribuiria reduzindo custos de investimentos. Nesse sentido, a publicação da proposta de mudança, no dia 15 de outubro, pegou consumidores e cerca de 12 mil empresas desprevenidas. A revisão da Resolução 482 de 2012 da Aneel propõe a cobrança dos consumidores que geram a própria energia sobre os diversos componentes que compõem a tarifa de energia, dentre eles o custo de transmissão. A data final da consulta pública sobre as alterações será no dia 30 de novembro. Caso aprovadas entrarão em vigor no ato de sua publicação, prevista para o primeiro semestre de 2020.

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