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Tico Santa Cruz critica bolsonaristas: “É o cara que quer ter uma arma, mas não para se defender”

Para o cantor, quem defende Bolsonaro grita contra corrupção, mas “burla lei seca, falsifica atestado médico, bate em mulher…”

Willian Matos

24/05/2020 10h03

O cantor Tico Santa Cruz foi ao seu perfil no Facebook para criticar os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Duro nas palavras, o vocalista da banda Detonautas afirmou que, quem ainda apoia o presidente depois das “demonstrações de ignorância e desrespeito a vida e a democracia”, manterá o apoio, independentemente de qualquer atitude.

“Quem ainda está com Bolsonaro, não foram as pessoas que votaram nele porque o outro era o PT. Essas já pularam fora! São os que agora se dizem preocupados com os pobres, mas diziam que quem recebia Bolsa família é vagabundo”, disse Tico.

Para o cantor, Bolsonaro dá voz e encoraja pessoas preconceituosas, que pedem pelo fim da corrupção, mas também cometem crimes. “Bolsonaro personifica aquele discurso que a gente ouvia nos botecos, de gente racista, sexista, intolerante, que brada contra a corrupção, mas burla lei seca, falsifica, atestado médico, sonega imposto de renda, paga proprina pra polícia, bate em mulher…”

“É o cara que quer ter uma arma, mas não pra se defender. Quer impor respeito, ameaçar os outros, colocar medo, se achar valente numa situação onde um diálogo resolveria.”

https://www.facebook.com/ticosantacruz/posts/2106778352788127

Interferência

As declarações de Tico vêm após a repercussão do vídeo da reunião ministerial que indica a interferência de Bolsonaro na Polícia Federal. Nas imagens, o presidente admite que trocaria cargos na corporação para defender família e amigos.

Eu não vou esperar fuder minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura. Vai trocar; se não puder trocar, troca o chefe dele; não pode trocar o chefe, troca o Ministro. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira”, disse Bolsonaro, na reunião, ocorrida no dia 22 de abril.

Após esse encontro, o então ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro decidiu deixar o cargo por não aceitar a interferência.

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