Larissa Galli
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Cheio de tecnologia e interatividade, a sexta edição do Curta Brasília – Festival Internacional de Curta-Metragem começa amanhã. Até domingo, a sala de cinema do Cine Brasília (106/107 Sul) recebe filmes nacionais e internacionais exibidos em mostras competitivas e paralelas, além de rodas de debates. O tema “Construir realidades” dá o tom do festival, composto por filmes que não apenas apontam os problemas da sociedade mas também sugerem caminhos, alternativas e instigam novas reflexões.
Na programação, mais de 100 curtas-metragens selecionados a partir de 987 produções, representantes de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal – número recorde do festival. “Ficamos felizes com esse número e com a diversidade de filmes porque percebemos que há um prestígio por parte dos cineastas com o festival”, diz Ana Arruda, diretora do festival. Trinta curtas-metragens brasileiros compõem a mostra competitiva. Os vencedores são escolhidos por júri oficial e pelo voto popular, com cerca de R$ 30 mil em prêmios.
Os curtas são produções premiados em festivais internacionais, alguns ainda inéditos em Brasília. “É um mix de filmes que têm uma trajetória já respeitada no cenário cinematográfico”, destaca Ana. Muitos dos filmes participantes na competitiva foram exibidos, e premiados, no 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, como Chico, dos Irmãos Carvalho; Carneiro de Ouro, de Dácia Ibiapina; e Tentei, de Laís Melo.
O cineasta Kleber Mendonça é o homenageado desta edição do festival. Antes de fazer sucesso com os longas O Som ao Redor (2013) e Aquarius (2016), o pernambucano já agradava a crítica com seus curtas-metragens, entre eles Eletrodoméstica (2005) e Recife Frio (2009).
“Considerando que vivemos num tempo de hipervalorização da imagem e da síntese, o audiovisual tem grande poder de nos dar acesso ao outro”, defende a atriz Maeve Jinkings, que participa, ao lado de Kleber, do debate Construindo Realidades, sobre o poder do cinema como ferramenta de crítica e transformação. O bate-papo acontece neste domingo, às 11h.
O aspecto futurista é uma das características desta edição. Segundo Ana Arruda, “o curta-metragem é uma narrativa que ainda está sendo experimentada e, por isso, é importante testar as novas tecnologias nessa forma de produção”. É por isso que o sexto Curta Brasília tem uma mostra especial de cinema imersivo, também conhecido como cinema em 360°, de realidade virtual ou pela sigla VR (do inglês virtual reality).
A mostra CVRTA traz para a tela do Cine Brasília produções do Brasil, Holanda, Rússia e Inglaterra. As sessões acontecem a cada 30 minutos, cada uma com aproximadamente 10 minutos de duração. Além das sessões, profissionais brasileiros e holandeses, especialistas em VR, participam de debate sobre o assunto. De quinta a sábado, das 17h às 22h; domingo, das 15h às 22h.
Programação completa no site curtabrasilia.com.br.
