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Artes da cultura popular passam por 12 escolas públicas no DF

Serão, no total, 24 apresentações, de 21 de outubro a 20 de novembro, com 22 repentistas, que se revezarão em duplas, precedidas de exibição de curta-metragem em animação, baseado no Cordel “O Coronel e o Lobisomem”

Redação Jornal de Brasília

18/10/2019 13h43

As artes da música, da literatura e do cinema irão circular por 12 escolas públicas das Regiões Administrativas de Ceilândia, Samambaia, Santa Maria, Recanto das Emas, Gama, Riacho Fundo 2, Planaltina e Varjão. Serão, no total, 24 apresentações, de 21 de outubro a 20 de novembro, com 22 repentistas, que se revezarão em duplas, precedidas de exibição de curta-metragem em animação, baseado no Cordel “O Coronel e o Lobisomem”. Em cada pouso, livretos em Literatura de Cordel (20 mil ao todo), serão distribuídos, gratuitamente, a estudantes de todas as idades.

Para Donzílio Luiz, proponente do projeto, a importância social e de política pública do Repente na Escola, está na integração dos jovens de RA’s de baixo poder aquisitivo no reconhecimento das manifestações culturais de grande parte de seus ancestrais. No DF, onde há a maior concentração de nordestinos fora de sua região de origem, “jovens não têm acesso aos hábitos culturais dos seus pais e avós, ficando assim uma lacuna em sua identidade cultural e reverter este contato insuficiente com as representações culturais, é o grande propósito de Repente na Escola”, ressalta Donzílio.

Realizar o projeto por escolas públicas se deu em face à não equipação pública das RA’s que possibilitasse o acesso a manifestações culturais, com isso, “as escolas têm papel fundamental para a democratização cultural, visto serem, praticamente, os únicos locais de difusão cultural, formação de público e incentivo ao fazer artístico acessíveis às crianças e jovens de famílias que não têm condições de acompanhar o circuito cultural da elite do Plano-Piloto”, detalha o proponente.

A arte do Repente Nordestino, assim como a Literatura de Cordel, nasceu a partir das raízes poéticas portuguesas e no Nordeste brasileiro, onde as violas receberam influência rítmica africana, atingiu seu apogeu, contando com mais de 40 estilos poéticos, aperfeiçoando-se e caracterizando-se por genuína brasilidade.

O Repente na Escola também se revela como uma ponte para o desenvolvimento da economia da cultura, ao abrir campos de atuação novos talentos da arte do Repente e do Cordel. O consumo da Literatura de Cordel ganha impulsionamento, por meio da distribuição dos livretos, e possibilita aos componentes da programação a divulgarem seus trabalhos com a exposição de CDs, livros e livretos.

Nas apresentações, os repentistas Agamenon Ferreira; Chico Brazlândia; Chico de Assis; Cícero Monteiro; Donzílio Luiz; Elias Ferreira; Francisco de Assis – Neném; Geraldo Queiroga; João Neto; João Santana; Jonas Andrade; Louro Bento; Messias de Oliveira; Nelsom Martins; Nelson Santos; Osnil Soares; Poeta Geraldinho; Ramalho de Oliveira; Roberto Silva; Valdenor de Almeida; Zé de Lima; e Zé Moacir discorrerão sobre temas diversos, históricos e da atualidade, atenderão a solicitações de temas por parte dos alunos e direção e eventualmente declamarão poemas de cunho socioambiental e matutos.

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