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Cinema

Novo “Exterminador do Futuro” reinicia franquia

Leonardo Resende

31/10/2019 15h10

Muitas perseguições, lutas coreografadas e o senso filosófico de Homem Vs Máquina. Essas são características que classificam o fio condutor dos filmes da franquia O Exterminador do Futuro.  Apesar do leve abandono de uma dessas particularidades, em estreia nos cinemas da cidade, Destino Sombrio consegue reerguer a coleção. 

Periodizado nos tempos atuais, o título mostra uma nova premissa, onde um exterminador é enviado do futuro para matar Dani (Nathalia Reyes). Para protegê-la, Grace (Mackenzie Davis) – uma ciborgue altamente letal – também é enviada. 

Foto – Divulgação

Depois de três filmes após O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final (1991), Exterminador do Futuro – Destino Sombrio destaca o retorno de James Cameron à franquia, que devido sua ausência, caminhou por trilhos pavorosos que desaguaram no ridículo (vide Exterminador do Futuro – Gênesis).

Uma vez que o cineasta está envolvido com as sequências de Avatar,  quem comanda a direção deste novo capítulo é Tim Miller (Deadpool), apadrinhado pelo próprio Cameron, Miller entrega o filme que os fãs aguardavam desde 1991. 

O DNA do Exterminador 

Ao lado de Robert A. Heinlein e Arthur C. Clarke, Isaac Asimov foi classificado como um dos maiores nomes para literatura de ficcção científica. Em plena década 1950, Asimov conseguiu em suas obras, fantasiar sobre as relações complexas entre Inteligência Artificial e o ser humano. No âmbito cinematográfico americano, dois diretores conseguiram embevecer dessa essência brilhantemente.

James Cameron com O Exterminador do Futuro (1984) e Ridley Scott com Blade Runner (1982). Mesmo que Paul Verhoeven tenha dado uma ótima roupagem ao tema com Robocop (1989), esses dois cineastas sempre levantaram questões filosóficas para dicotomia Homem Vs Máquina. Esse insight foi um dos fatores que mais enriqueceram a sequência de 1991. 

Uma nova perspectiva

A fim de enxertar ideias no novo capítulo, os roteiristas  David S. Goyer, Justin Rhodes, Billy Ray resgatam um pouco dessa particularidade do passado. Porém, o que impressiona dentro deste longa-metragem é o discurso – pincelado – sobre empoderamento feminino e imigração. Todo o protagonismo do filme é concentrado nas personagens de Reyes, Hamilton e Davis, sendo que uma delas é mexicana.  Qualidade que anula a ausência de complexidade filosófica tão célebre dos filmes antigos. 

Além disso, o filme também de sustenta na nostalgia do duo Arnold Schwarzenegger e Linda Hamilton de volta aos papeis que os consagraram. Hamilton nunca esteve tão entregue ao papel de Sarah Connor e ainda afirma a atriz como uma grande estrela de ação. 

Mesmo que não atinja os imensos picos do passado, este novo capítulo soube usar bons elementos que restauram o brilho de blockbuster deixado por James Cameron. Focar na humanidade segregadora e militante, nos tempos de hoje, são mais importantes do que debater uma fantasia robótica.  

Por Leonardo Resende

@leonard0resende

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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