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Cinema

Mesmo com cinco temporadas, Black Mirror ainda surpreende

Nova temporada mostra que o seriado ainda tem muito o que mostrar sobre a tecnologia

Leonardo Resende

06/06/2019 16h04

Atualizada 09/06/2019 12h40

Não é necessariamente uma regra, mas é comum após alguns anos no ar, um seriado começar a mostrar fadigas em sua narrativa. A série  Black Mirror, que está sendo exibida desde dezembro de 2011, parece fugir deste pressuposto de saturação com sua nova temporada, que estreia nesta semana no serviço de live-streaming Netflix. 

Com três episódios, cada um com uma hora de duração, esta nova temporada explora tudo aquilo que o programa de televisão sempre retratou: a relação do ser humano com a tecnologia, emergindo diversas discussões sobre ética, moral e poder. 

Nesta quinta temporada, com Striking Vipers, fãs da terceira temporada, poderão desfrutar de um redux maravilhoso de San Junipero. Neste capítulo, dois homens experimentam novas experiências sexuais através de um jogo de realidade virtual. 

Striking Vipers: reimaginação poderosa sobre San Junipero. Foto – Divulgação/Netflix

Brasileiros poderão se sentir em casa ao ver Striking Vipers pois a produtora selecionou três locações famosas de São Paulo para gravar algumas cenas. Das três histórias, a mais completa em termos de produção, roteiro, direção e atuação é Striking Vipers. Com qualidades elevadas, este episódio entra para o hall de melhores momentos do seriado.

Nova abordagem

Rachel, Jack and Ashley Too traz uma percepção diferenciada para o compilado de episódios. A história foca em três personagens: adolescentes com personalidades distintas e uma cantora de pop interpretada por Miley Cyrus. Rachel, uma das jovens, ganha uma boneca com a personalidade da cantora Ashley. Ao mesmo tempo, Ashley luta por sua liberdade criativa e física. Por mais que esta história tente mostrar os malefícios da cultura pop sobre um astro, alguns momentos parecem divergir do fio condutor do seriado, sendo integralmente influenciado pela alta qualidade da cantora Miley Cyrus como Ashley. 

O melhor de ‘Rachel, Jack and Ashley Too’: Miley Cyrus. Foto- Divulgação/Netflix

Mesmo que este episódio diminua a qualidade desta temporada,  Smithereens recupera o fôlego ao mostrar as relações sobre as redes sociais, seres humanos e empresas abusivas. Um excelente retrato da modelação atual da sociedade. Com cinco temporadas e um filme interativo,
Charlie Brooker parece ainda ter muito estorvo criativo para satirizar nosso mundo. 

Por Leonardo Resende

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