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Cinema

Filme de Eastwood retoma atentado em Atlanta e pressa da mídia em atribuir culpa

“O caso Richard Jewell” é estreia deste final de semana em Brasília

Agência UniCeub

02/01/2020 8h21

Em 1996, um atentado nas Olimpíadas de Atlanta deixou cerca de 120 pessoas feridas, mas esse número poderia ter sido maior se não fosse a ajuda do segurança Richard Jewell, que descobriu uma mochila carregando vários dispositivos explosivos próximo ao evento. Após essa colaboração, investigadores e a imprensa passam a desconfiar que Jewell teria se passado por herói para disfarçar a culpa.  O filme “O caso Richard Jewell”, dirigido por Clint Eastwood, mostra a luta  ele terá que lutar para provar sua inocência. O longa estreia neste final de semana em Brasília.

Trata-se de um filme repleto de camadas narrativas. Enquanto acompanhamos o protagonista, interpretado por Paul Walter Hauser, frustrado e sem esperanças para resolver seu caso, ainda há outros lados da história explorados.

A mãe dele, Bobi Jewell (Kathy Bates), sofre emocionalmente com as investigações que ocorrem dentro de sua casa; Tom Shaw (Jon Hamm – do famoso seriado ‘’Mad Men’’), detetive do FBI fará de tudo para provar o contrário que Jewell defende.

Uma personagem importante é Kathy Scruggs (Olivia Wilde), repórter do jornal local, que toma medidas desprovidas de ética para conseguir informações e tentar se dar bem com isso.

Na outra  ponta da história, o personagem de Sam Rockwell (vencedor do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, em 2017), vive o advogado de Richard, outro que passará por poucas e boas para provar que a imprensa está errada.

Todos esses arcos compartilham a mesma história, mas eles conseguem se desenvolver sem atrapalhar o outro, mostrando o cuidadoso trabalho de Billy Ray, roteirista do filme.

Filme de Eastwood revela também as dores da mãe do personagem acusado.

O retrato de época é também fiel ao cenário de Olimpíadas. As ambientações, figurinos e adereços utilizados conseguem situar o público quanto ao acontecimento, e o filme ainda consegue abordar a situação política e socioeconômica dos EUA na época, sem desviar do rumo principal da história. É mais um bom trabalho do veterano Clint Eastwood.

Além disso, este é um filme tenso e intrigante. Apesar da narrativa abordar a inocência de Jewell, fica uma dúvida em relação a quais seriam os próximos passos da polícia e da mídia. Como será que Jewell provará que eles estão errados? O que mais os detetives farão para conseguirem se sair bem?

Por Felipe Tusco Dantas*

*A convite da Espaço/Z

Trailer e imagem: Divulgação

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