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Entretenimento

Bloco Cafuçu do Cerrado

Redação Jornal de Brasília

06/02/2020 18h08

O bloco pré-carnavalesco mais charmoso da cidade traz duas joias da música brasileira – o pernambucano Otto e o paraibano Totonho. A festa, com início às 10h30 da manhã, tem como primeira atração a Orquestra Cafuçu, formada por músicos residentes em Brasília.

Natural de Belo Jardim, interior de Pernambuco, Otto traz referências de cirandas, maracatus e outras batidas típicas do folclore regional. Antenado, acompanha o que de mais importante acontece no pop, no rock e na música eletrônica. Dessa mistura, surge uma combinação de batidas eletrônicas e regionais, macumba, rap e forró. E resulta em uma performance eletrizante no palco.

Cantor, compositor e produtor, Totonho, nascido em Monteiro (PB), montou sua primeira banda aos nove anos de idade – “Os Renegados”. Fundou no ano de 1982, em João Pessoa, o Musiclube da Paraíba, uma cooperativa por onde passou Chico César. Ganhou o mundo quando teve canção incluída na coletânea “La Nouvelle Musique Brésilienne”, lançado pela francesa Totem e em apresentações na Ucrânia, Bélgica, Londres, Rússia, Guatemala, França e Portugal. Já lançou quatro álbuns autorais e no “Samba Luiza Gorda”, de 2018, contou com a participação de Otto na canção “Teste de DNA”.

O Carnaval de Brasília ganha o Nordeste – Contemplados no edital Conexões Cultura, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF, a brasiliense Orquestra Cafuçu recebe convites para se apresentar no Carnaval de cidades da Região Nordeste. A primeira parada dos cafuçus do cerrado será em João Pessoa, na Paraíba, dia 21 de fevereiro. Em seguida, no dia 22, se apresentam na Praia da Pipa, no Rio Grande do Norte. E terminam o giro de volta à Paraíba no dia 23 pelo projeto Praia Soul, em Tabatinga. No repertório, a Orquestra faz um passeio por sucessos da música brasileira com ênfase no brega e suas vertentes.

Cafuçu do Cerrado surgiu em 2013 inspirado nos carnavais de Pernambuco e Paraíba, estados de origem das atrações principais da folia. “Será inenarrável e memorável ter estes dois pesos-pesados da cultura nordestina no nosso pré-carnaval”, aposta Lucas Formiga, um dos produtores.

O charme do bloco está na irreverência dos foliões, identificados como Cafuçus e Cafucetas (ou Rariú, variação pernambucana). Cafuçu é um neologismo brasileiro, usado para designar uma pessoa ‘sem classe’ e com estilo incoerente de se vestir. Portanto, vestem-se de brega, esbanjam cordões de ouro, camisa florida e calça de oncinha, peças do guarda-roupas, que, para eles e elas, são o que há de mais chique e moderno.

Um aviso da produção: Não há espaço para nenhum tipo de violência ou preconceito. Mesmo não sendo declaradamente LGBT, “nosso Bloco a comunidade e quem ousar contrariar, passará por constrangimento”, alertam os organizadores. As recomendações de segurança são: Deixe objetos de valor em casa, reporte agressões e assédios à segurança e não reaja em caso de tentativa de furto, mas informe também à segurança.

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