Pedro Marra/Willian Matos
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Manifestantes que participam da Marcha das Mulheres Indígenas na manhã desta segunda-feira (12) invadiram a sede da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
O vídeo abaixo, filmado de algum andar do prédio, mostra o momento em que os participantes adentram a sede. Veja:
Marcha
A 1ª Marcha das Mulheres Indígenas acontece desde a última sexta-feira (9), data na qual se comemora o Dia Internacional dos Povos Indígenas. Com o tema “Território: nosso corpo, nosso espírito”, a manifestação reúne cerca de duas mil mulheres de todo o país.
Com o objetivo de dar visibilidade à luta pelos direitos dos povos indígenas, o grupo promete ficar no Distrito Federal até a próxima quarta-feira (14). Até esta segunda (12), as mulheres já haviam realizado palestras, debates e atividades culturais à noite.
A marcha é organizada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB). Para a coordenadora executiva da pasta, Sonia Guajajara, “é importante essa luta de garantia do território, porque isso também garante a vida. A gente se junta à Marcha das Margaridas para fortalecer essa unidade de mulheres. A bandeira de luta maior é o território.”
Eliana Polino Cacau, 43 anos, veio da tribo Gavião, no município de Amaranto (MA). Além de vender artesanato e fazer pintura corporal, ela participa da mobilização de forma ativa. “Viemos defender nosso território e direitos, igual a todas as outras mulheres que não são indígenas. O governo tem de ver o nosso lado, pois vivemos da caça, dos alimentos da mata”, protesta.
O grupo também se junta à Marcha das Margaridas, em que se espera mais de cem mil camponesas na próxima terça-feira (13).
