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Brasília

Tribunal do Júri irá julgar motorista que matou casal de idosos

Arquivo Geral

30/01/2018 17h01

Gabriel Jabur

O Tribunal do Júri do Distrito Federal irá julgar a motorista de 46 anos que matou um casal de idosos atropelado no Lago Norte, no último dia 18. No entanto, ainda não há prazo para o julgamento. Os servidores públicos aposentados Evaldo Augusto da Silva, 75, e Dulcineia Rosalino da Silva, 70, faziam uma caminhada, na calçada, quando foram atingidos pelo carro dirigido por Luciana Pupe.

“Cuida-se de auto de prisão em flagrante em que se apura, em tese, a prática de crime doloso contra a vida na direção de veículo automotor por Luciana Pupe Vieira. Portanto, a competência para processar e julgar o feito recai sobre a Vara do Tribunal do Júri de Brasília”, afirmou a juíza Monike Machado.

Após a colisão, a condutora seguiu trafegando pela pista até bater em um poste de energia elétrica, ficando gravemente ferida. Até a publicação desta reportagem, a motorista continuava em coma induzido. Ela irá responder por homicídio com dolo eventual, uma vez que assumiu o risco de matar ao dirigir acima do limite de velocidade permitido na via.

Leia mais: Vídeo mostra momento em que casal de idosos é atropelado no Lago Norte

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Câmeras de segurança registraram o momento em que um carro invade a calçada da QL 10 do Lago Norte e atropela o casal Evaldo Augusto da Silva, 75 anos, e Dulcinéia Rosalina da Silva, de 70. Os dois faziam uma caminhada perto de casa, como era costume. Eles morreram na hora. O vídeo mostra duas outras pessoas conseguindo fugir da mira do carro.

O carro atropelou as vítimas e seguiu trafegando pela pista até bater em um poste de energia elétrica. A parada final foi em uma árvore, no canteiro central, a cerca de 350 metros dali. Com o impacto da colisão, o corpo de Dulcinéia foi partido ao meio. Metade ficou presa nas ferragens do automóvel, na direção do porta luvas. A outra metade ficou na via principal, em frente a um ponto de ônibus. O cadáver do homem, Evaldo foi encontrado com as pernas fraturadas, na avenida.

A condutora ficou presa entre uma árvore e as ferragens do veículo, um Mitsubishi ASX. Gritava de dor, como narra o capitão do CMBDF, Luiz Xavier. Ela foi encontrada com vida, consciente, mas desorientada e instável. Sofreu traumatismo craniano, com fratura de vários dentes, apresentava outra fratura exposta no pulso e várias escoriações pelo corpo. Foi levada ao Hospital de Base. “Segundo o neto das vítimas, eles saíram para fazer uma caminhada e aconteceu essa fatalidade”, afirma Xavier.

Testemunha relembra acidente

Uma testemunha que presenciou o acidente, mas não quis se identificar, narrou a cena ao JBr. Enquanto dirigia pela pista, viu o Mitsubishi ASX subir na calçada e trafegar com duas rodas na pista e as outras duas na área destinada a pedestres. Nessas condições, o carro fez uma curva à direita, em direção ao conjunto 1 da QL 10. A pessoa não viu o atropelamento acontecer.

Observou o carro retornar à avenida principal, virando à esquerda e, em seguida, colidir com um poste de iluminação pública. Cerca de 350 metros depois, o veículo ficou retido em um tronco de árvore, no canteiro central.

A testemunha desceu do carro para prestar socorro e percebeu que parte de um dos cadáveres estava presa nas ferragens. “Aí percebi que se tratava de um acidente com vítimas. Andei pela área, vi os pedaços dos corpos e imediatamente chamei o Corpo de Bombeiros. Não vi o que a motorista estava fazendo e não sei o motivo pelo qual ela perdeu o controle do veículo”, descreve.

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