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Brasília

Torneio Centenário de Tênis reúne membros da colônia japonesa em Brasília

Arquivo Geral

28/04/2018 17h45

Breno Esaki

Matheus Venzi
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Mais do que competir, o importante é confraternizar. E é justamente nesse espírito que a 19ª Copa de Tênis Centenário reuniu 224 membros da colônia japonesa, no Clube Nipo Brasília. O evento, que teve início neste sábado (28), seguirá até a próxima segunda-feira (30). Serão realizadas aproximadamente 260 partidas em 14 categorias diferentes, até definir as duplas vencedoras.

O torneio não foi batizado “Centenário” à toa. Para participar da competição, a soma das idades dos participantes das duplas deve ser de 100 anos, caso ambos jogadores sejam homens. Já se os competidores forem um homem e uma mulher, a soma das idades deve dar, no mínimo, 90 anos. E, em caso de duas jogadoras, o mínimo permitido é 80 anos.

Breno Esaki

De acordo com o coordenador desta edição, Roberto Issamu Matsunaga, as categorias são divididas por uma espécie de ‘ranking’ baseado na qualidade técnica dos participantes. A hierarquia, segundo o coordenador, vai de Ouro A até a letra E, Prata A até a letra E, e Bronze A até o D.

Matsunaga conta que os participantes aguardam durante todo o ano para participar do evento. “Temos um apoio bem legal de clubes da colônia japonesa de todo o Brasil. Os participantes aguardam ansiosos o período do evento e reforçamos sempre que, mais importante do que vencer, é participar”, enfatizou o coordenador. “Mesmo assim, os vencedores de cada categoria irão receber um troféu simbólico”, concluiu.

Uma das fundadoras do torneio, Lourdes Shimabukuro, relembra a origem da competição. “Tudo começou há 19 anos, quando eu era diretora do Departamento de Tênis. Existiam outros torneios voltados para a colônia japonesa, mas a idade permitida era de, no máximo, 55 anos. Com isso, decidimos realizar um torneio voltado para pessoas com mais de 65 anos”, explica. Atualmente, o encontro faz tanto sucesso, que reúne jogadores de diversos estados, como Goiás, São Paulo, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Distrito Federal.

Lourdes acredita que a mistura de gêneros na competição e as diversas faixas etárias são alguns dos segredos do sucesso. “Geralmente as competições são restritas apenas ao público masculino ou apenas ao feminino. Aqui não é assim, você pode reunir pessoas de várias faixar etárias, sendo marido e mulher, pai e filha, avô e neto e assim por diante”, enfatiza.

A atual diretora do Departamento de Tênis do Clube Nipo Brasília, Neuza Sasaki, ressalta os benefícios da prática esportiva e garantiu querer conquistar vários troféus para o DF. “Acreditamos na importância em incluir a prática esportiva na vida das pessoas. Por isso, oferecemos aulas para alunos de 3 a 85 anos”, conta.

Valter Sassaki, 70 anos, veio de São Paulo em uma caravana com outras 60 pessoas só para disputar o torneio. “O nosso clube sempre teve uma relação boa com Brasília. Só trazemos esse número de pessoas porque não tem como vir mais gente. Dá uma brigada danada”, fala. Ele pratica o esporte há 40 anos. “É ótimo não só pela parte física, mas também pela amizade e ciclo social. O tênis pode ser praticado até o fim da vida”, completa.

Já Mario Kato, 74 anos, foi um dos primeiros participantes do evento, mas assumiu o papel de espectador neste ano após se machucar. ”Ano passado eu participei, entretanto, estou machucado nesta edição e vim só para assistir mesmo. Aqui, a disputa é sempre acirrada, mesmo assim, não deixamos a confraternização de lado”, conta.

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