Da Redação
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Uma Parceria Público Privada (PPP) entre o Governo do DF e o setor produtivo fará a reforma, a gestão, a manutenção, e a exploração do Autódromo Internacional de Brasília Nelson Piquet. A Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) abriu, na manhã nesta quinta-feira (17), os envelopes da licitação para estabelecer a parceria, que deverá durar 35 anos e proporcionar arrecadação de até R$ 700 milhões em impostos.
O investimento total previsto para revitalizar o espaço é de R$ 73,1 milhões, dos quais R$ 38,8 milhões correspondem a reformas da pista e da arquibancada. O restante, R$ 34,3 milhões, servirá para a construção de um centro de excelência.
O valor das reformas será rateado entre o GDF e a empresa vencedora da licitação. Dos R$ 38,8 milhões, R$ 24,8 milhões são de investimento privado. O aporte público será de até R$ 14 milhões. A Terracap estima atrair 10 milhões de visitantes ao local durante o período de concessão e terá 1,5% da receita líquida dos tributos gerados pela operação.
‘Dar vida ao espaço’
A empresa vencedora da licitação deverá reformar a pista e as arquibancadas e criar um centro de excelência no autódromo. O objetivo é erguer novas instalações multiuso e modulares, voltadas ao desenvolvimento do automobilismo. Nelas, poderão ser feitas oficinas e reuniões de clubes e associações relacionadas ao esporte.
Depois de modernizado, o autódromo poderá ser homologado para receber campeonatos de Fórmula 3, organizados pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Assim, a cidade poderá receber eventos nacionais, regionais, corporativos, de arrancadas, drifting (modalidade acrobática), culturais e artísticos.
“Vamos dar vida ao espaço que estava morto, abandonado. Brasília vai voltar ao cenário esportivo nacional”, afirmou o governador Ibaneis Rocha (MDB).
Geração de empregos
A parceria entre o GDF e empresas privadas é de grande importância, porque com ela Brasília entrará no circuito internacional de grandes eventos, de acordo com a porta-voz da gerência de formatação de negócios da Terracap, Margareth Coutinho Ruas. “Além disso, prevemos uma geração de 4 mil empregos diretos”, adicionou.
A licitação foi precedida por um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI). Ao longo desse processo, a administração pública recebeu projetos de particulares para traçar previsões.
Um dos autores é o engenheiro Richard Dubois, presidente da empresa Dubois e Co. Para ele, o novo autódromo vai colocar a cidade no mapa do automobilismo. “Podemos até sonhar com uma Fórmula 1 ou Indy”, sugere.
O critério de julgamento do certame será o de menor valor da contraprestação a ser paga pela Terracap. Vencerá a concessionária que exigir menor valor de aporte público.