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Brasília

Setur-DF e Embratur firmarão acordo de cooperação em inteligência competitiva

O objetivo é de acelerar a retomada do turismo utilizando dados construídos por ambos os órgãos, como perfis dos turistas, demandas e expectativas

Lucas Valença

14/08/2020 6h37

A Secretaria de Turismo do Distrito Federal (Setur-DF) e a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) finalizaram ontem os detalhes finais para um acordo de cooperação técnica na área de “inteligência competitiva”. O objetivo é de acelerar a retomada do turismo utilizando dados construídos por ambos os órgãos, como perfis dos turistas, demandas e expectativas dos mercados nacionais e internacionais no período pós-pandemia do novo coronavírus.

As últimas tratativas se deram por videoconferência entre o coordenador de Inteligência Competitiva e Mercadológica da Embratur, Gentil Venâncio, e a secretária local, Vanessa Mendonça. A integrante palaciana ressaltou a importância da cooperação para a construção de diferentes abordagens junto aos países. “

São dados que nos dão mais segurança para estruturar um planejamento para atender os interesses dos turistas neste momento”, explicou.

Segundo a secretária, o acordo deve “abastecer o grupo de inteligência local para trabalhar de forma individual os principais mercados internos e externos de turismo de Brasília”.

Na conversa, Gentil Venâncio apresentou tanto os dados nacionais quanto do Distrito Federal. Segundo pesquisas da Embratur e do Ministério do Turismo, apresentadas na reunião, a principal tendência do mercado brasileiro neste momento é o “turismo de proximidade e com perfil ecológico”. “As pessoas tendem a se deslocar para destinos próximos de suas cidades, a locais menos óbvios, menos movimentados e com uma forte inclinação ao ecoturismo, ao bem-estar e à sustentabilidade”, avaliou.

Para o coordenador, a formação do banco de dados de inteligência competitiva leva em consideração uma gama complexa e profunda de dados não apenas turísticos, mas socioeconômicos. “Índices como desemprego e fechamento e abertura de negócios ligados ao turismo influenciam no planejamento feito, assim como a própria disposição do turista em viajar”, ressaltou.

Medidas do GDF, como a redução tarifária da querosene de aviação e a reabertura dos Centros de Atendimento ao Turista (CATs), trouxeram quatro novas rotas internacionais para Brasília e possibilitaram um aumento de 41% no número de turistas de outros países que desembarcaram na capital.

Índices de segurança e infraestrutura, além de um trabalho já estabelecido, segundo Gentil Venâncio, devem ser compartilhados com a capital federal e colocam Brasília à frente na retomada econômica do setor no período pós-pandemia.

A participação em feiras internacionais também é uma das prioridades da parceria entre a Setur-DF e a Embratur, que devem iniciar um trabalho conjunto para a Expo Dubai, que aconteceria este ano, mas foi transferida para o segundo semestre de 2021. “Calculamos em pelo menos 50 feiras já canceladas ou adiadas em 2020. Precisamos rever esta impossibilidade, uma vez que Brasil pode cair em esquecimento frente à retomada dos outros destinos”, afirmou Gentil Venâncio.

Já a Setur-DF, colocou à disposição da Embratur um banco de mídia, com imagens, vídeos e materiais gráficos, além de dados compilados junto ao setor hoteleiro e outras frentes do GDF. “Temos uma das maiores taxas de área verde urbana do mundo, uma estrutura incrível, um patrimônio cultural único, temos gastronomia, ecoturismo e uma série de opções que precisamos que o turista conheça e venha para Brasília”, disse a representante da pasta, Vanessa Mendonça.

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