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Brasília

“Sem testagem em massa, não é possível definir 2ª onda da pandemia”, diz Secretário de Saúde do DF

Secretaria de Saúde do Distrito Federal lança plano de enfrentamento à covid-19 para 2020-2021

Redação Jornal de Brasília

10/11/2020 16h14

Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Cezar Camilo e Aline Rocha
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O secretário de Saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto, durante coletiva de impressa no Palácio do Buriti na tarde desta terça-feira (10), disse que não é possível definir quando virá a segunda onda de coronavírus no Distrito Federal (DF) sem a testagem em massa.

“É impossível dizer se teremos segunda onda no Distrito Federal sem um inquérito epidemiológico mais forte, sem testagem em massa”, disse o chefe da Secretaria de Estado de Saúde do DF durante apresentação do “Plano Estratégico de Combate ao Coronavírus no Distrito Federal – Ações de Enfrentamento 2020-2021”.

“Muitas pessoas tinham contato com o vírus e não sabiam”, ressaltou Okumoto. Segundo os planos da Secretaria Estadual de Saúde do Distrito Federal, o foco da segunda etapa de controle das infecções pelo novo vírus será voltado para a atenção primária dos pacientes.

O plano reúne um conjunto de medidas a serem adotadas para investigar a circulação da Covid-19 em todas as  regiões administrativas do DF; preparar a população e os agentes públicos para uma eventual segunda onda da doença; e apresentar as mudanças que serão feitas na rede pública de saúde para atender aos pacientes contaminados.

Por meio de sorteio, amostras serão coletadas em domicílios de todas as Regiões Administrativas, simultaneamente. “Ajuda a entender quais regiões tiveram maior contato com o vírus”, disse o Secretário durante o lançamento do inquérito epidemiológico.

Cada Região Administrativa será divida em conglomerados. Domicílios serão sorteados para entrevistas. Em cada visita, uma pessoa da casa será sorteada para realizar o teste – o sorteio será realizado via aplicativo, o “Sorteador”. O teste rápido utilizado será o IgG e IgM. “A intenção é melhorar o nosso inquérito epidemiológico e subsídios para análise da pandemia”, disse o secretário de Saúde do DF.

Além de Osnei, participam também da coletiva o secretário-adjunto de gestão em Saúde, Petrus Sanchez, o subsecretário de Atenção Integral à Saúde, Alexandre Garcia, o diretor de Vigilância Epidemiológica, Cássio Peterka, e o presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), Paulo Ricardo Silva.

Telemonitoramento

O diretor de Vigilância Epidemiológica, Cássio Peterka, explicou que o telemonitoramento vai permitir o acompanhamento dos pacientes em isolamento domiciliar – as análises serão realizadas por telefone ou mensagens instantâneas. Uma espécie de vigilância por território, metodologia já utilizada pelo Ministério da Saúde. “O objetivo é Identificar a prevalência de Covid19 em todas as Regiões Administrativas do Distrito Federal em 2020”, disse o diretor.

São necessários “dados concretos para tomada de decisão”, ressalta o diretor de vigilância. “Não temos nenhum medicamento eficaz contra a vacina”, completa.

A disponibilidade de EPI é outra prioridade na nova fase de controle da doença. Os atendimentos dentro das Unidades Básicas de Saúde (UBS) serão dividos em etapas: Após o acolhimento e identificação da presença do vírus, testes serão realizados para confirmação da patologia e classificação do quadro de saúde do paciente e registro dos dados.

Infraestrutura

Segundo a pasta, as condições de infraestrutura estão garantidas. Hospitais tiveram de se adaptar e criar um novo setor chamado de “covidários”. Essa repartição específica dentro dos pontos de atendimento será expandida a todas as unidades de saúde. “O monitoramento desses pacientes será feita a cada 24h”, disse o subsecretário de Atenção Integral à Saúde, Alexandre Garcia.

“Médicos terão liberdade para prescrever os medicamentos que possam ser usados para atenção primária”, ressaltou o subsecretário.

Também participaram da entrevista coletiva no Salão Nobre do Palácio do Buriti, o secretário-adjunto de gestão em Saúde, Petrus Sanchez, o subsecretário de Atenção Integral à Saúde, Alexandre Garcia, o diretor de Vigilância Epidemiológica, Cássio Peterka, e o presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), Paulo Ricardo Silva.

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