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Brasília

Postos fecham no Distrito Federal por falta de combustíveis

Arquivo Geral

24/05/2018 11h18

Jessica Antunes/Jornal de Brasília

Jéssica Antunes
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Postos do Distrito Federal estão fechados por falta de combustíveis. Eles não conseguem reabastecer os estoques nesta quinta-feira (24) em virtude do bloqueio na distribuidora da Petrobrás no Setor de Indústria e Abastecimento (Sia). Com medo que a oferta desapareça por completo, motoristas enfrentam longas filas para tentar garantir alguns litros de gasolina.

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Lado a lado, os postos Nenen’s e Petrolino, no centro de Taguatinga, têm cones evitando o acesso de automóveis. Em ambos os casos, gasolina e álcool acabaram por volta das 22h de quarta-feira (23), quando o preço chegou a R$ 3,19 para pagamentos a prazo. “A gente costuma abastecer três mil litros por hora. Por dia, acontece reabastecimento por até três vezes, em caminhões de 20 mil litros”, conta o gerente do Nenen’s.

Sem impostos

Na região, a maior busca é pela venda sem impostos, a R$ 2,98, realizada pela rede Jarjour. Os primeiros motoristas da fila chegaram ao local antes da meia noite e há quem tenha intenção de tentar dar duas voltas. Na manhã desta quinta, os veículos aguardavam por mais de quatro quilômetros. Emerson de Sousa Oliveira contou ao Jornal de Brasília que chegou por volta das 6h da manhã. Às 10h, ainda faltava um quilômetro para abastecer. “Moro perto da Estrutural e lá os postos já não têm combustível. Vim tentar ao menos uma mais em conta”, diz o auxiliar de logística de 28 anos.

Jessica Antunes/Jornal de Brasília

O empresário Sandro Henrique, 38 anos, não tem prazo para deixar a fila. “O consumidor é refém. Com essa greve dos caminhoneiros, a gente não sabe se vai ter gasolina disponível amanhã. O pessoal tende a comprar independentemente do preço”, afirma o morador de Ceilândia. Ele disse que tentaria abastecer por duas vezes o limite de 20 litros por pessoa.

No Setor de Indústria Gráfica (SIG), o combustível de um posto Shell acabou por volta das 21h de quarta-feira (23). Lá, a gasolina era vendida a R$ 4,57. Hoje, funcionários estão no lugar de braços cruzados. Ao Jornal de Brasília, um deles falou que as bombas não são abastecidas desde terça-feira (24). O posto recebe cerca de 30 mil litros de gasolina diariamente.

Enquanto isso, filas enormes se formam no posto vizinho. Um dos motoristas relatou que esperava há cerca de 50 minutos pelo abastecimento. No Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), um posto Ipiranga  teve as bombas esvaziadas por volta das 10h30. Na mesma região, carros se aglomeram em um posto BR.  (Com informações de Matheus Venzi)

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