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Brasília

Policial militar atira e mata cachorro em Ceilândia

Arquivo Geral

19/06/2018 16h49

Arquivo Pessoal

Tainá Morais

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A Polícia Civil investiga as circunstâncias que levaram um sargento da Polícia Militar a balear um cachorro em Ceilândia.  O cão da raça pit bull estava na porta de casa na QNO 5, quando foi ferido. O caso aconteceu nessa sexta (15), por volta das 13h40, e o animal morreu no dia seguinte.

Segundo a dona do animal, Katiúscia Santos, 32 anos, o policial G.M., 41 anos, teria alegado que atirou contra Thor para tentar se defender. “Ele disse que meu cachorro avançou contra o dele e nele. Eu não estava no local, mas os vizinhos que presenciaram o fato relataram que nada disso havia acontecido”, contou.

Um amigo da família, José Francisco, teria saído para passear com Thor. Segundo o relato da dona, o cachorro soltou-se da coleira e fugiu em direção à rua onde o militar mora. “Thor escapou da coleira e chegou a cheirar um cachorro que estava na esquina, que seria desse policial. Em seguida, o meu amigo prendeu Thor novamente, mas ele fugiu mais uma vez. E foi aí que aconteceu a tragédia”, explica.

Arquivo Pessoal

Segundo populares, nesse momento, o policial saiu armado e ameaçando a atirar em Thor. “Francisco pediu para que ele não atirasse, até porque ele é mansinho. Mas, não satisfeito, o policial mandou meu amigo sair da frente, senão atiraria nele também”, conta. Em seguida, o sargento G.M. atirou no cachorro, que ficou gravemente ferido. Após passar por três atendimentos, ele não resistiu e acabou morrendo em uma clínica por volta das 11h40 desse sábado (16).

Katiúscia garante que Thor era manso e tinha convívio diário com todos os familiares. “Ele brincava tanto com minha filha, quanto com o meu outro cachorrinho da raça pinscher. Estou me sentindo injustiçada por tudo isso que aconteceu”, lamenta.

Arquivo Pessoal

A equipe do Jornal de Brasília entrou em contato com G.M., mas ele optou por não conceder entrevista. Já a equipe de Comunicação Social da Polícia Militar deu uma versão para o caso. Informou que o militar viu o cachorro se aproximar de seu cão de pequeno porte, na porta de casa, e gesticulou para tentar afastá-lo. “Neste momento o cachorro resolveu atacá-lo. Não havendo outro meio, o sargento se viu obrigado a se defender atirando no cão. Infelizmente o cachorro não usava focinheira e quem tinha por obrigação detê-lo não o fez nem estava próximo, chegando ao local após o ocorrido”, esclareceu.

A proprietária do cachorro tentou registrar a ocorrência na 24ª Delegacia de Polícia, no Setor “O”,  após deixar Thor no veterinário. Ao chegar Ao local, porém, o policial já estava registrando o boletim de ocorrência. “O atendente da delegacia disse que eu não podia registrar pelo fato de eu não ter presenciado o fato. Eu me senti coagida porque eles nem quiseram escutar as minhas testemunhas”, desabafa.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Ricardo Viana, como o policial e Katiúscia registrariam o mesmo caso, não teria necessidade de abrir dois inquéritos. “Toda situação é investigada dentro de um mesmo registro. Importante lembrar que esse é o procedimento padrão da Polícia Civil”, finaliza.

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