“Nós também amamos”. Essa foi a mensagem da primeira Parada do Orgulho LGBT da Cidade de Santa Maria. De acordo com a Polícia Militar, aproximadamente mil pessoas aderiram ao ato para manifestar os direitos de liberdade de expressão e, principalmente, exigir a criminalização da homofobia. A concentração do evento aconteceu de 14h às 17h no estacionamento do Ginásio na Quadra Central 1, com muita música e a coroação da Miss Gay Santa Maria. Em seguida, três trios elétricos foram seguindo pela Avenida Alagados.
Com a palavra “orgulho” tatuada no braço, Elker Barros não tem medo de vestir o rosa e as cores do arco-íris para assumir a opção sexual. A expectativa dele, um dos organizadores do evento, é incentivar os mais jovens da cidade a abraçar a sua sexualidade. “A parada já existe em tantas outras cidades, por que não aqui? A ideia é sairmos de casa e mostrar que existimos”, explicou.
Além dos moradores de Santa Maria, ônibus fretados nas cidades de Formosa (GO), Ceilândia e Planaltina levaram simpatizantes da causa ao evento. Muitos confessaram sofrer preconceito na própria vizinhança e disseram sentir medo até de sair de casa, o que reforça o tema da parada: Enfrentando a homofobia na periferia.
Democracia
“Nós vivemos em um país muito homofóbico. Queremos um Estado laico, onde a religião não venha intervir nas opiniões e queremos democracia para todos”, cobrou o servidor público Alisson Prata, de 22 anos.
O destaque do dia foi a votação da Miss Gay Santa Maria, que irá participar do concurso do gay mais bonito do DF. Verônica Strass foi escolhida pelos jurados e pela população. “Quero representar Santa Maria e mostrar que tem beleza gay na cidade”, ressaltou.
GASTOS
Os organizadores da Parada Gay de Santa Maria gastaram R$ 20 mil com a festa e não tiveram apoio financeiro do GDF para bancar o evento.
Os manifestantes pediram a saída do deputado Marco Feliciano da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias.