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Brasília

Parabéns à centenária Planaltina

Cidade mais antiga do Distrito Federal completa 160 anos com agenda repleta de eventos e festividades. Hoje, haverá sessão de celebração na CLDF

Lindauro Gomes

19/08/2019 6h02

Ruas antigas: construções preservadas remetem a um período em que Brasília era só um sonho. Foto: Lúcio Bernardo Jr / Agência Brasília

Planaltina comemora 160 anos

Cidade mais antiga do Distrito Federal tem programação festiva durante todo o mês de agosto

João Pedro Rinehart
[email protected]

Planaltina, a região mais antiga do Distrito Federal, comemora hoje o seu 160º aniversário. Para as celebrações, a administração, com o apoio da comunidade, empresários da região e órgãos do governo, está realizando uma série de eventos ao longo do mês. Hoje acontece uma Sessão Solene na Câmara Legislativa, requerida pelo deputado de Planaltina, Cláudio Abrantes (PDT). No evento, a cidade e representantes que fizeram a diferença para a população serão homenageados.

As comemorações vêm acontecendo desde o início do mês. Nos dias 2 e 3 de agosto, houve uma feira cultural. Nos dias 4 e 5, o Túnel do Tempo, uma imersão na história da cidade. No dia 7, a exposição Arte sem Fronteiras: dos muros para a galeria – que conta com trabalhos de artistas de todo o DF de diferentes tendências, dentre artistas plásticos, grafiteiros, designers, desenhistas, fotógrafos, etc – iniciou-seno Complexo Cultural de Planaltina, com visitação de 08 de agosto à 25 de setembro de 2019.

Chefe de gabinete da administração de Planaltina, Célio Rodrigues, também é o organizador das festividades. Ele conta que as comemorações até agora foram excelentes. “Sempre com uma boa participação do público. Os eventos têm sido feitos, em sua maioria, com a iniciativa da comunidade, com o nosso apoio”, ressalta.

História preservada

Por volta da primeira metade do século XVIII, os Bandeirantes adentravam o interior do Brasil à procura de ouro. Um povoamento no interior do Goiás começou, então, a tomar forma. Rota de passagem pra quem explorava as minas de ouro e esmeralda da região, o povoado de Mestre d’Armas foi reco nhecido como distrito em 19 de agosto de 1859, pertencendo à comunidade de Formosa. Mas apenas em 1917 viria a ser conhecida como Planaltina. Hoje, a cidade é reconhecida como uma das maiores fornecedoras de leite para o DF.

Sobre organizar um evento desse porte, Rodrigues comenta que “é um esforço em equipe”. “Há o prazer de contribuir com a preservação e a valorização da história passada e atual de nossa cidade. Planaltina é uma cidade que nos conquista com seu jeito interiorano e sua vontade de se desenvolver sem esquecer de suas tradições”, completa.

“Teremos show de hip hop, campeonato de skate, passeio ciclístico e cavalgada com saída do Centro Olímpico até a Pedra Fundamental”, conta o chefe de gabinete sobre a programação do mês. Na semana passada, foi aberta uma exposição sobre o Vale do Amanhecer, Via Sacra, Festa do Divino e fotos antigas, além do lançamento do livro História de Planaltina em documentos, do professor, pesquisador e historiador Robson Eleutério. A obra conta um pouco da história da cidade, desde o período em que era conhecida como “Mestre d’Armas”.

“Estamos procurando focar as atividades que atendam às mais diversas manifestações culturais e comunitárias sem esquecer da periferia e do centro histórico, procurando valorizar a nossa unidade cidadã”, afirmou Rodrigues.

Saiba Mais 

A região administrativa fica a 38,5 quilômetros do Plano Piloto e ocupa 1.537 quilômetros quadrados. Planaltina abriga vários pontos turísticos do Distrito Federal, como a Lagoa Bonita, a Cachoeira do Pipiripau, o Centro Histórico e o Vale do Amanhecer.

É em Planaltina também que ocorre a maior festa religiosa do DF, a Via-Sacra do Morro da Capelinha.

A Estação Ecológica de Águas Emendadas, a mais importante reserva ambiental da América do Sul, também fica próxima à região.

A cidade nasceu em 19 de agosto de 1859 como Distrito de Mestre D’armas — em homenagem a um armeiro que vivia na região —, em Formosa (GO).

Em 1917, ela foi batizada com o nome atual.

Em 1922, após a passagem da Comissão Cruls, o então presidente da República, Epitácio Pessoa, determinou o assentamento da Pedra Fundamental, onde se pretendia construir a futura capital do Brasil.

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