A Polícia Civil do DF (PCDF) deflagrou na manhã desta sexta-feira (3) a quinta fase da Operação Mr. Hyde. A ação cumpre seis mandados de prisão contra pessoas acusadas de fraudar planos de saúde e mutilar pacientes sujeitos a cirurgias desnecessárias com materiais de baixa qualidade. Também são cumpridos 15 mandados de busca e apreensão.
Durante os mandados, os policiais apreenderam cerca de 3 mil ampolas de anabolizantes e R$ 70 mil em espécie, além de documentos que podem indicar que os suspeitos abriram clínicas e uma farmácia para lavar dinheiro do esquema criminoso.
Três médicos foram levados à prisão pela PCDF. Eles já haviam sido investigados nas outras fases da operação. Seus nomes constam em uma planilha como beneficiários de propina em troca de indicação de uma empresa fornecedora de materiais cirúrgicos.
A operação é guiada pela Coordenação Especial de Combate a Corrupção, ao Crime Organizado, aos Crimes Contra a Administração Pública e aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Cecor). Segundo os investigadores, a máfia faturava com propinas em cima do fornecimento de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPMEs). Os materiais eram usados durante cirurgias.
Esta é a quinta fase da operação. De acordo com as primeiras fases, desde setembro de 2016, várias vítimas do esquema procuraram a PCDF para prestar depoimento. Os relatos vão de mutilações a tentativa de homicídio. Na segunda fase da operação, o alvo foi o dono do Hospital Daher. José Carlos Daher teria participação ativa no esquema, mas foi preso por posse ilegal de arma.
Na terceira fase, a PCDF prendeu o médico Fabiano Duarte Dutra. Ele era suspeito de atear fogo em documentos que poderiam servir como provas. Já ma quarta fase, em novembro de 2016, os alvos foram os médicos Marcelo Gonzaga Peres e Marco Antônio Alencar de Almeida. Ambos participavam de esquema de concessão de autorização para cirurgias de plano de saúde.
