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Brasília

“Novo normal surge com pandemia”, diz curador do Festival 40 minutos; shows vão até final do mês

Programação homenageia os 60 anos de Brasília

Redação Jornal de Brasília

21/04/2020 14h00

Diante da pandemia, o “Festival 40 minutos” celebra o sexagésimo aniversário de Brasília de forma pouco convencional. Shows de artistas e DJs brasilienses, durante o todo o mês de abril serão transmitidos ao vivo pelo Instagram. A comemoração, que teve o seu início no dia 03 de abril e segue até o fim do mês, promove, ao todo, 60 artistas locais. Das sextas aos domingos, serão quatro apresentações por dia com duração de 40 minutos cada,  sempre das 19h às 22h10. Para assistir, o público pode acessar os perfis das redes sociais dos artistas, a programação completa também pode ser encontrada no Instagram e Facebook oficiais do evento.

Confira a programação para os próximos dias

O DJ Alex Maraskin relata que a ferramenta das lives (transmissões ao vivo e online) feita através do instagram estão sendo uma novidade para ele, pois antes da pandemia ele não utilizava o recurso. Mas alega ser o único jeito possível para contato “próximo” com o público no momento. “Cada apresentação on-line tem sido um aprendizado, uma ótima experiência e a resposta tem sido muito boa.” O DJ também diz que espera trazer alegria e leveza para a comunidade através da música e reforça “o importante nesse momento é ficar em casa”.

“Cada apresentação on-line tem sido um aprendizado”, diz o DJ. Foto: Divulgação

 O curador, Adriano de Angelis, explica que o público em geral já reconhece que as lives são importantes em seu novo cotidiano, por ser uma nova forma de interação e socialização. “Um novo normal surge com a pandemia e provavelmente uma das consequências será a valorização desse tipo de experiência de forma cada vez mais intensa.”

“Uma das consequências será a valorização desse tipo de experiência”, diz o curador. Foto: Divulgação

 Além da proposta de movimentar a cena cultural do DF e promover o divertimento, o evento também tem como objetivo arrecadar alimentos para famílias atingidas pela pandemia do COVID-19. De acordo com Adriano, as doações podem ser feitas em qualquer valor e diretamente no site da Ação da Cidadania. 

“Promovemos a ideia de “Contribuição Solidária” via ONG Ação da Cidadania, que é a organização social que faz a Campanha contra a Fome há 27 anos em todo Brasil e atualmente arrecada alimentos para famílias atingidas pela crise do Coronavírus e que estão em situação de urgência”, conta o curador. 

A musicista Paula Zimbres revela se encantar ao ver artistas ocupando os espaços das redes sociais para nos unir e nos ajudar, durante a situação inesperada e assustadora que estamos vivenciando, e diz que o festival é uma celebração deste amparo coletivo. Assim como o DJ Alex, Paula também alega nunca ter tido uma experiência similar antes. “ Nessa situação em que estamos, nós artistas fomos obrigados a nos reinventar, fazendo essas apresentações online em formatos diferentes, mais minimalistas. Então estou tentando adaptar meu repertório para esse contexto.” 

“Nós artistas fomos obrigados a nos reinventar”, diz Paula Zimbres. Foto: Clube do Choro / Divulgação

  O curador explica que a ideia para o festival surgiu a partir da observação  de outros festivais on-line, realizados em países que tiveram suas quarentenas em meses anteriores à do Brasil, como ocorreram em Portugal, Itália e Espanha. Assim, juntamente com a cantora Alessandra Terribili, o projeto foi desenvolvido.  

Segundo Adriano, a recepção do festival tem sido excelente, com um público que excede a dois mil espectadores por noite. “Foi uma recepção muito bacana desde o primeiro final de semana do festival. Tudo aconteceu rápido e a adesão tem sido sensacional. Somos gratos pela linda resposta de público e de artistas generosos que estão participando da programação”. Para saber mais sobre a ação de solidariedade: cada R$ 1 representa um prato de comida. As doações podem ser feitas em qualquer valor diretamente no site da Ação da Cidadania: www.acaodacidadania.com.br 

Por Beatriz Ramos e Gabriel Albuquerque (Jornal de Brasília / Agência UniCEUB)

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