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Brasília

Mesmo traumatizado, campeão mundial de atletismo ainda busca índice

Arquivo Geral

09/02/2008 0h00

Atual campeão mundial de maratona, o queniano Luke Kibet não nega que ainda está traumatizado após ser atacado por um grupo no mês passado, mas não altera seus planos para obter o índice e disputar a prova nos Jogos Olímpicos de Pequim, em agosto. “Ainda não consigo treinar com toda minha concentração, especialmente de manhã e à noite”, disse o atleta à Reuters.

Kibet foi agredido em seu país por um grupo de manifestantes e por pouco conseguiu escapar com vida. O Quênia atravessa um momento de intensa violência interna desde a reeleição do presidente Mwai Kibaki, acusado de corrupção, em 27 de dezembro. Mais de mil pessoas já morreram no país por causa da violência étnica na qual descambou o processo eletivo. Entre as vítimas estão o finalista olímpico do revezamento 4x400m de Seul-88, Lucas Sant e o maratonista Wesley Ngetich.

“Uma das pessoas que estava comigo levou um tiro no ombro de um policial a poucos passos de mim. Quando fui oferecer ajuda, levei uma pedrada na cabeça”, lembra o atleta. “Além de me impedir de disputar uma corrida na Holanda, o incidente ainda me deixa traumatizado e horrorizado”, desabafa o corredor.

Neste sábado, ele terminou em sexto lugar em uma prova de cross country em Mombasa. Gideon Ngatunyi venceu a corrida com o tempo de 35min57s1.

Apesar do desgaste enfrentado com todos estes incidentes, Kibet mantém seu foco na Maratona de Londres, em 13 de abril, onde tentará obter o índice para Pequim. “Vou lutar por um lugar na equipe para o Mundial de cross country, mas minha concentração já está na Maratona de Londres e nas Olimpíadas”.

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