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Brasília

Mesmo após abastecimento, falta gás de cozinha e moradores fazem fila de espera

Arquivo Geral

31/05/2018 20h02

Foto: Kléber Lima

Rafaella Panceri
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Sete carretas de gás de cozinha chegaram às distribuidoras do DF na noite desta quinta (31) e outras devem chegar até o fim dia. Mesmo assim, a quantidade não é suficiente para atender a demanda e filas se formaram em lojas antes mesmo da chegada do produto. Segundo o Sindicato das Empresas Transportadoras e Revendedoras de Gás LP (Sindvargas-DF), foram engarrafados 14 mil botijões de 13 kg.

“As distribuidoras abasteceram boa parte das revendas com quantidades limitadas”, explica o presidente do sindicato, Sérgio Costa. Ele espera que o abastecimento volte ao normal em uma semana.“Não é preciso estocar gás de cozinha”, defende o presidente. “A média de consumo de uma família é de um botijão de 13kg a cada 45 dias”, pontua.

Feriado de filas

Em uma revendedora de gás na QE 38 do Guará, moradores fizeram fila durante o dia, à espera da chegada dos botijões, com preços entre R$ 80 a R$ 400. A aposentada Rute Nogueira, 53, estava há nove horas no local quando foi abordada pela reportagem, pela tarde. “Minha família está sem gás desde sexta-feira. Na minha casa ainda tem, mas vou comprar também”, disse.

A intenção da aposentada era retornar à fila nesta sexta (1º) pela manhã, caso não conseguisse comprar botijões nesta quinta. “Essa situação é péssima para todo o povo brasileiro. O governo não soube administrar a quantidade e agora estamos vivendo esse problema”, criticou.

Foto: Kléber Lima

O empresário Alcilon Martins, 37, disse estar sem gás desde terça-feira (29). Estava na fila há sete horas. “Estou me virando com uma panela elétrica. Paguei R$ 89 por ela e agora vou desembolsar R$ 80 em um botijão de gás. Paguei R$ 70 no último”, reclamou. “É um absurdo que os empresários tirem proveito da situação. É da nossa cultura querer levar vantagem”, julgou.

“Uma humilhação. Vergonhoso”, opinou o aposentado José Bernardino, 64. “Vim aqui ontem (quarta, 30) e também não tinha gás. A sorte é que uma vizinha me emprestou uma panela elétrica”, contou. Ele também não gostou do preço. “Sem noção. Abusam do povo sem ter o mínimo de vergonha”, acusou.

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