Jéssica Antunes
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A laje de uma garagem subterrânea de um prédio no bloco C da 210 Norte desabou neste domingo (4), por volta das 6h. Moradores foram surpreendidos com barulhos altos seguidos de alarmes disparados. Ao constatarem o acidente, perceberam que o incidente: a estrutura desabou sobre os veículos que estavam estacionados no local. De acordo com o Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil do Distrito Federal, 25 carros foram atingidos. E entre eles, carros de luxo como um Jaguar. Apesar do estrago, ninguém se feriu. O residencial não precisou ser interditado. Para os órgãos de segurança, a principal causa pode ter sido deficiência na impermeabilidade da construção.
Reprodução/ Comunicação CBMDF
Não havia ninguém na garagem do prédio de 48 apartamentos no momento do acidente. Minutos antes, porém, uma moradora chegou e guardou o carro no subsolo. Moradores relataram barulho seguido de solo tremendo. Três cães farejadores fizeram varreduras e descartaram qualquer possibilidade de vítimas. Conforme a Defesa Civil, não há risco de novos desabamentos, mas, como medida de segurança, foi necessário desligar água, luz e esgoto do prédio, sem previsão para religar os serviços. Os apartamentos não foram interditados, mas moradores se preparam para passar uma temporada fora de casa. A garagem, por sua vez, está com acesso restrito. As avaliações iniciais não indicam danos estruturais ao edifício.
“Nossa avaliação preliminar é de deficiência na impermeabilização da laje que desabou. Isso é muito comum no DF”, afirma o subsecretário da Defesa Civil Coronel Sérgio Bezerra. Nesta madrugada, choveu quase 40 milímetros na cidade e, com o peso da água somado ao da terra, sobrecarregou a estrutura. Com a hipótese de falta da impermeabilização, a água atinge as vigas de ferro, enferruja o material e faz com que o peso não seja suportado, ocasionando o desabamento. O prédio foi construído há 40 anos, e segundo o subsecretário Bezerra, prédios mais antigos, como das Asa Norte e Sul devem passar por manutenção para evitar novos episódios.
Segundo a síndica Mônica Kremer Evangelista, 50 anos, uma planilha de manutenção é seguida com reparos mensais. Em relação ao prejuízo financeiro, o edifício acionou a seguradora predial para dar inicio aos procedimentos legais. Um laudo será realizado para apontar as possíveis falhas da estrutura. A estimativa é que o reparo total da garagem seja concluído em, pelo menos, seis meses. A retirada dos veículos, por sua vez, dependerá da agilidade do engenheiro designado para coordenar as ações. A terra deve ser retirada mecanicamente.
