Camila Maxi
O jornal que carrega o nome da cidade em seu título e essência comemora, hoje, 40 anos. A primeira edição do Jornal de Brasília foi às bancas em 10 de dezembro de 1972. Na época, custava 0,70 cruzados, valor equivalente a R$ 2,36, pouco mais que o dobro do preço pelo qual é vendido, apenas R$ 1. Encarregado de refletir os sentimentos do brasiliense, a publicação se adequou e se transformou. A última renovação ocorreu em 28 de outubro último, com um jeito simplesmente diferente de manter a cidade bem informada.
A partir de sua primeira edição, os cadernos surgiam semanalmente. O primeiro a fazer as honras do projeto foi o de Cultura, que trazia aos olhos do leitor novidades sobre música, cinema e histórias em quadrinhos.
Aos poucos, o jornal foi se modificando: em meados da década de 1990, fotografias em páginas especiais, como a capa, ganharam cores. Novos cadernos foram incorporados, como especiais e suplementos. “Aqui, tive meu primeiro emprego, aos 16 anos. E mesmo tantos anos depois, continuamos evoluindo, fazendo alguns ajustes aqui, outros acolá. As coisas são mutáveis, acompanhamos o ritmo do tempo e do mercado. E, sobretudo, temos muito amor a este Jornal que carrega o nome da nossa cidade”, revela Marcos Lombardi, diretor do Jornal de Brasília.
O JBr prova diariamente que tem alma. Que acredita na cidade e, por isso, até hoje circula nas mãos de cidadãos que percorrem as ruas cheias de curvas da capital, suas entrequadras, debaixo dos blocos dos prédios e apartamentos da arborizada Brasília. E, claro, no transporte público, que passa por todos os cantos do DF.
“Possuímos um dos títulos de veículo de comunicação mais bonitos do Brasil. Estou muito feliz e orgulhoso em ser um dos protagonistas desta bela história. Para a tarefa de produzir um jornal diário com tamanha qualidade, é preciso padecer de muita dedicação e carinho”, afirma Lourenço Peixoto, vice-presidente do Grupo Jornal de Brasília.
Simplesmente diferente
O empresário José Celso Gontijo é assinante do JBr desde a primeira edição. “É um jornal moderno e sua nova formatação está muito bem atualizada. Diariamente o leio todo, mas os meus cadernos preferidos são o de esportes, política e sociedade”, comenta. E diz que, com o passar do tempo, as coisas vão se modernizando, mas que ele prefere jornal em papel.
Em meio à revolução tecnológica proporcionada pela internet, os hábitos dos eleitores se modificaram. Questionamentos sobre como oferecer um produto que acompanha essas mudanças, mas não perde a sua profundidade, foram feitos. “É um jornal tradicional, mas também moderno. As pessoas têm confiança e acreditam nele”, conta a gerente de Marketing do Jornal de Brasília, Amanda Lombardi.
O comerciante Raimundo Martins de Sabóia preza pela qualidade do conteúdo que lê, e desde 2005 acompanha a publicação diariamente. “É um excelente veículo de comunicação. A mudança veio para melhorar ainda mais”, diz.
Cumprindo o papel de informar, ques tionar e por que não emocionar, grandes fatos históricos foram registrados em suas páginas. “O Jornal sempre buscou valorizar seus leitores e oferecer o melhor, claro, sem perder a qualidade e a credibilidade das informações”, elogia Renato Matsunaga, diretor-superintendente.
Frente ao desafio de começar do zero todos os dias uma edição que seja a cara de Brasília, a editora-chefe Maria Eugênia resgata parte de sua jornada de 20 anos, em comemoração à data: “E em todo esse período, o Jornal de Brasília nunca abriu mão de sua proposta, que é ser referência dentro da cidade. Dentro desses 40 anos, ele se mantém fiel a sua essência para o brasiliense”.
