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Brasília

HUB é pioneiro em implante auditivo pelo SUS

Arquivo Geral

09/12/2008 0h00

O Hospital Universitário de Brasília (HUB) inaugurou no dia 4 de dezembro o primeiro Centro de Saúde Auditiva apto a fazer implante coclear pelo Sistema Único de Saúde em toda a região Centro-Oeste. A cirurgia consiste em colocar um chip no ouvido do paciente com surdez profunda. “É um tratamento de ponta. Com o implante, hospital o deficiente auditivo profundo consegue ouvir e falar, visit web dentro das limitações de cada caso”, diz o otorrinolaringologista André Sampaio, um dos responsáveis pelo centro.


Além do implante coclear, o centro oferece prótese auditiva e aparelho de amplificação sonora individual. A UnB investiu aproximadamente R$ 250 mil para reformar o espaço da unidade e comprar equipamentos.


Pacientes com qualquer problema de surdez poderão receber tratamento completo no local, sem precisar recorrer a outros estados. De acordo com Sampaio, 25 pacientes do Distrito Federal e Entorno estão na fila de espera do implante coclear.


ACOMPANHAMENTO 


Quando atingir sua capacidade plena de atendimento, o centro realizará, mensalmente, 225 consultas e dois implantes. Também oferecerá 65 próteses auditivas aos pacientes. Durante a reabilitação, todos vão receber acompanhamento de fonoaudiólogos.


Para atingir a meta, o Ministério da Saúde deverá publicar a portaria, já aprovada, que autoriza o funcionamento do centro. A publicação está prevista para as próximas semanas.


Em 2004, o Ministério da Saúde lançou uma portaria que prevê a criação de um centro de saúde auditiva para cada 1 milhão e meio de habitantes. Até a inauguração da unidade do HUB, havia no Distrito Federal apenas um centro do tipo.


“É uma área em que estamos atrasados. Deveríamos ter esse centro há 10 anos”, afirma Carlos Augusto Oliveira, chefe da Clínica de Otorrinolaringologia do HUB e professor titular da Faculdade de Medicina. “Só agora temos em Brasília um serviço público apto a realizar tratamento completo para qualquer problema auditivo”, diz o médico.


OPORTUNIDADE 


Para a vice-diretora do HUB, Elza Noronha, o centro vai ter forte impacto social. “É também um cenário de alta tecnologia para a formação de estudantes e desenvolvimento de pesquisa”, afirma. O hospital é um dos sete no país considerado classe A na residência médica em Otorrinolaringologia pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial.


VIDA NOVA


Na inauguração do centro, três pacientes aguardavam ansiosos pelo aparelho auditivo. A doação de empresas privadas beneficiou Geovana Cristina de Oliveira, de apenas 2 anos, Maycon Soares, 4, e Cristiana Martins Pereira, 26.


A pequena Geovana, de Água Boa (MT), estava acompanhada da mãe, Tatiana Lindemayr, 17 anos, que buscava atendimento havia nove meses. “É uma luta. Já fizemos consulta em Goiânia, e depois aqui no HUB”, conta. “Se fosse fazer o tratamento particular, eu gastaria uns R$ 8 mil. É uma bênção de Deus.”


Natasha Soares, 20 anos, mãe de Maycon, tem expectativas quanto ao futuro do filho. “Espero que ele comece a falar mais, aprenda mais na escola e cresça no convício social”, diz. “Elas não estão ganhando só uma prótese auditiva. Estão ganhando cidadania”, afirma a otorrinolaringologista Mercedes Araújo, responsável pelo Centro de Saúde Auditiva.


 

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