Jéssica Antunes
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Dez milhões de litros de gasolina foram produzidos no Distrito Federal esta semana. Isso representa cinco vezes a capacidade de consumo da cidade, mas motoristas ainda enfrentam longas filas para abastecer. A chegada do álcool anidro para misturar ao combustível aliviou os postos, mas a situação só deve ser normalizada no próximo fim de semana. Nesta quinta-feira (31), metade dos estabelecimentos têm o produto, mas em pouca quantidade.
O presidente do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados (Sinpospetro-DF), Carlos Alves, diz que 500 mil litros de gasolina devem ser distribuídos na tarde desta quinta. Durante a madrugada, 345 mil litros de álcool anidro chegaram à capital para fazer a mistura com a gasolina e poder ofertá-la aos consumidores. Até o fim do dia, mais um milhão do material deve chegar, permitindo que mais gasolina tipo C chegue aos postos.
“Pouco a pouco os postos normalizam. O problema é que o combustível chega em pouco volume naqueles que tinham estoques zerados. A quantidade não dá para todos os que esperam, então a tendência é que filas sejam cada vez maiores. A situação deve se normalizar 100% apenas por volta de quinta-feira”, diz o presidente da entidade.
Reabastecimento
“Entendemos que as pessoas estejam receosas pela falta de combustível, mas foi possível produzir grande volume da gasolina, nossa maior preocupação”, afirma Cristiano Sampaio, secretário da Segurança Pública e da Paz Social (SSP-DF). Desde o início do dia até as 13h, 77 caminhões carregados saíram dos centros de distribuição. Juntos, eles tinham mais de seis milhões de litros de gasolina, além de etanol e diesel. A Polícia Militar divulga os relatórios no site da corporação.
Nos postos de combustíveis da capital, as filas são imensas desde as primeiras horas da manhã. A previsão é que cerca de 160 caminhões abasteçam os postos da capital ao longo do dia, disponibilizando 1,3 milhão de litros. No Eixinho Sul, por exemplo, apenas dois dos sete postos estão sem gasolina. Um deles passou a madrugada funcionando e a previsão é que novo carregamento chegue somente na sexta. No lado norte, metade dos estabelecimentos tinham gasolina até as 16h.
Minimizar impactos
Ao Jornal de Brasília, Sampaio ainda disse que tem a sensação de que houve “articulação e resposta para minimizar os impactos” da greve dos caminhoneiros no DF. Ele não dá previsão para completa normalidade dos serviços na capital. “É complicado porque depende de uma sequência de retomada de abastecimentos. Cada um com ciclo próprio”, diz.
Do ponto de vista da segurança, o titular da pasta acredita que as questões de restrição de fluxo de cargas estão completamente superadas. Nesta quinta-feira (31), segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), não há nenhuma aglomeração de caminhoneiros nas rodovias que cortam o DF e a Região Metropolitana.
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Foto:João Stangherlin/Jornal de Brasília
