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Brasília

Fila Zero: HRT impressiona na rápida realização de cirurgias ortopédicas

Às terças-feiras, profissionais da unidade estão se mobilizando para realizar os procedimentos

Willian Matos

19/09/2019 11h11

Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Foto: João Stangherlin/Jornal de Brasília

Willian Matos
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O Hospital Regional de Taguatinga (HRT) está impressionando a população com a campanha Fila Zero. O mutirão consiste em dar um ‘gás’ na demanda de pacientes com traumas ortopédicos cujos procedimentos são de pequeno e médio porte e pequena duração.

Semanalmente, ortopedistas, anestesiologistas e demais profissionais se mobilizam para que todas às terças-feiras sejam realizadas, pelo menos, cinco cirurgias.

O motoboy Jalisson Silva de Brito teve de retirar uma haste colocada há cerca de um ano para segurar os ossos da tíbia e da fíbula. O local passou por uma infecção recorrente, e o médico recomendou a retirada. Jalisson imaginou que esperaria muito mais tempo para realizar o procedimento.

“Eu cheguei no início da tarde, fiz os exames e fiquei aguardando. Por volta das 22h, foi feita a cirurgia de retirada da haste. Eles estavam realizando muitas cirurgias ontem. Eu fiquei de cara”, relata. Jalisson sofreu um acidente de moto com fratura exposta há dois anos.

Jalisson segue em recuperação no HRT. Foto: Divulgação/Saúde-DF

Outra paciente beneficiada com a medida foi Joana D’Darc Alves Pereira, 56 anos. Ela foi chamada para retirar nove pinos do tornozelo que estavam causando incômodo e dor, impedindo-a de conseguir caminhar. “Quebrei o tornozelo em casa, mas achava que só tinha deslocado. Quando fiz o raio-x no dia seguinte, o médico constatou que estava quebrado”, recorda.

A mulher lembra que teve de andar de cadeira de rodas por conta do problema. “Isso aconteceu há um ano, e eu senti muita dor durante esse tempo, chegando a andar de cadeira de rodas. Agora, o médico resolveu tirar os pinos. A cirurgia foi marcada há cerca de um mês e, ontem (17), entrei para a sala já era quase meia-noite. Agora, sinto menos dor” relata.

O gerente da Assistência Cirúrgica, Izailson Chaves Rocha de França, explica como funcionam as cirurgias. “Na ortopedia, são pacientes de urgência ou eletivas, que vão para o bloco cirúrgico a fim de dar vazão à demanda, que é grande, agilizando o atendimento ao paciente que aguardava internado. Alguns ficam no hospital por duas, três semanas, sem fazer a cirurgia devido aos atendimentos de emergência” esclarece.

França explica que os procedimentos mais comuns estão relacionados a fratura de rádio distal, fratura de tornozelo, de patela, lesões ligamentares, ruptura de tendões, entre outras. “A média é de 80% de cirurgia por fratura, pacientes com lesões que precisam ser tratadas, e 20% são de pacientes que precisam retirar material de síntese, como pinos e hastes”, descreve França.

O gerente, que é médico ortopedista, explicou que à noite são realizadas apenas operações de urgência, colocando algumas salas de cirurgia à disposição neste turno. A proposta do Fila Zero é aproveitar o período noturno para os procedimentos de menor porte, realizando vários em uma única noite. “Com essa medida, não temos fila de espera para este tipo de cirurgia”, conclui França. Com assessoria

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