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Brasília

Fecomércio e GDF oferecem testes grátis de covid-19 para funcionários do comércio

A ação tem como objetivo garantir a segurança na reabertura do comércio no DF. Segundo a Fecomércio, é necessária a contenção de manifestações

Redação Jornal de Brasília

25/05/2020 18h06

Testes de coronavírus feitos no Estádio Mané Garrincha. Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

Aline Rocha e Catarina Lima
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A Federação do Comércio do Distrito Federal (Fecomércio) anunciou, nesta segunda-feira (25), uma parceria com o Governo do Distrito Federal (GDF) para oferecer, gratuitamente, testes rápidos de covid-10 para funcionários do comércio. A partir desta terça-feira (26) serão disponibilizados, diariamente, cerca de 500 testes na unidade do Sesc da 504 sul a partir de 9h. 

Segundo Francisco Maia, presidente da Fecomérico, a ação tem como objetivo auxiliar empresários na reabertura do comércio. “A testagem dos colaboradores do comércio é uma das condições para a reabertura do comércio no DF. Essa parceria tem o objetivo de fazer com que o comércio volte com segurança na capital do País”, ressalta Francisco Maia.

Para a realização do teste, Maia explica que é necessário que o funcionário leve sua credencial de comerciário do Sesc, ou a carteira de trabalho, comprovando o vínculo empregatício. Também é necessário a realização de um cadastro no site.

“A estrutura da unidade contará com postos de testagem para quem chegar a pé ou de ônibus até o local. Para quem for de carro, será ofertada a testagem no modelo de drive-thru”, explica o presidente da Fecomércio. “A população vai poder se sentir mais segura com essas ações, porque elas darão mais segurança aos empresários, trabalhadores e clientes”, conclui Francisco Maia.

O diretor regional do Sesc-DF, Marco Tulio Chaparro, informa que o Sesc disponibilizará 45 profissionais, sob a supervisão de quatro profissionais do GDF, que auxiliarão a testagem. “O Sesc é o serviço social do comércio. Nada mais social do que permitir que os profissionais do comércio voltem a trabalhar nesse momento. O Sesc não poderia ficar de fora desse auxílio tão importante”, destaca Marco Tulio.

O Detran-DF também disponibilizará uma equipe para orientar o trânsito na W3 e nas regiões próximas a unidade do Sesc, para evitar tumulto no tráfego da cidade.

Manifestações podem aumentar contaminação

A Fecomércio distribuiu nota de repúdio a realização de atos que estimulem a aglomeração de pessoas e prejudique o combate ao coronavírus, como a manifestação realizada no último domingo por apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro. A instituição teme que as constantes aglomerações – atos políticos que acontecem na cidade – contribuam para aumento do número de casos de coronavírus e que a reabertura do comércio de seja apontada como responsável pelo crescimento da doença.

“Brasília assistiu a um evento em apoio ao governo Federal onde houve desrespeito à legislação do DF quanto ao uso obrigatório de máscaras, contato humano e estímulo à aglomerações. A iniciativa privada jamais será cumplice do descumprimento da lei e estímulo aos riscos de contaminação, sobretudo da população desprotegida”, destacou Francisco Maia, presidente da Fecomércio.

A nota que é assinada além da Fecomércio, pela Câmara de Dirigentes (CL-DF), Sistema Fibra, Federação das Associações Comerciais e Industriais do DF e Entorno (Faci-DF) e Federação Interestadual das Empresas de Transporte de Cargas (Fenatec-DF) ressalta que a legislação rigorosa sancionada pelo governador Ibaneis Rocha para evitar aglomerações e a circulação desnecessária da população, assim como a abertura lenta e gradativa do comércio e de toda a economia, têm evitado mais vítimas da covid-19, falências, desemprego e falta de recursos para o Governo do Distrito Federal. “A realização de manifestações civis com uma grande quantidade de pessoas, no entanto, vai na contramão desse esforço e prejudica toda sociedade brasiliense”, critica a nota.

A Fecomércio alerta que a manifestação política realizada no último domingo, em Brasília, pode provocar uma explosão de contágios do novo coronavírus. Por isso o setor produtivo cobra providências do governo local para resguardar a saúde da população. Segundo a Fecomércio, as manifestações que vêm ocorrendo na cidade desobedecem aos critérios estabelecidos por lei.

O presidente do Sistema Fecomércio-DF, Francisco Maia, fez questão de ressaltar que o setor empresarial aceitou as condições impostas com relação à cautela na abertura do comércio, indústria e serviços, mas discorda da realização de movimentos que coloquem em risco a sociedade e o planejamento para a reabertura das empresas.

Francisco Maia disse, ainda, que concorda com o funcionamento do comércio varejista porque este vai seguir as normas de segurança. “Ninguém quer ter seu negócio fechado outra vez. Claro que terá exceções, mas o governo promete fazer uma fiscalização rigorosa”, explicou o dirigente.

Leandro Grass

O deputado Leandro Grass encaminhou requerimento de informações à Mesa da Diretoria da Câmara Legislativa (CLDF), solicitando que esta peça ao governo local informações acerca de possíveis infrações cometidas na manifestação de apoio ao presidente da República, ocorrida no último domingo, como o descumprimento do uso de máscaras – obrigatório no DF – por parte do presidente Bolsonaro e de alguns manifestantes. O parlamentar quer saber se a Polícia Militar, presente ao evento, informou das infrações aos órgãos responsáveis pelo cumprimento norma. Em caso positivo, o parlamentar indaga se o presidente e os outros que descumpriram a legislação foram multados, como prevê o Decreto 40.648.

Sindohbar

O presidente do Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes (Sindohbar), Jael Antônio da Silva, entregou hoje ao vice-governador do Distrito Federal, Paco Britto, ofício solicitando a reabertura dos estabelecimentos de bares e restaurantes no Distrito Federal no dia 03 de junho. “No dia 04 de julho termina a possibilidade de as empresas suspenderem os contratos de trabalho dos seus colaboradores. Como será possível voltar a pagar salários que se empresários do setor não têm dinheiro nem para as despesas da própria casa”, questionou Jael.

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