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Brasília

Familiares pedem justiça em audiência do caso Jessyka Laynara

Arquivo Geral

10/08/2018 16h23

Foto: Rayra Paiva Franco/Jornal de Brasília

Jéssica Antunes
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Familiares e amigos de Jessyka Laynara da Silva Souza se reúnem na frente do Fórum Desembargador José Manoel Coelho, em Ceilândia, nesta sexta-feira (10). Do lado de dentro, o Tribunal do Júri realiza a primeira audiência do caso que chocou o Distrito Federal meses atrás. Em oito de maio, ela foi morta a tiros pelo soldado da Polícia Militar Ronan Menezes do Rego, que está preso desde então. A garota, que havia acabado de passar no concurso para o Corpo de Bombeiros, foi uma das 19 mulheres assassinadas por companheiros este ano.

Vestidos de branco, os presentes distribuem panfletos repudiando a violência contra as mulheres. “Minha prima foi assassinada pelo ex-namorado, que não aceitou um não. Não queremos vingança, queremos Justiça. Queremos que ele pague pelo que fez”, desabafa a prima Letícia Gomes, auxiliar administrativo, de 28 anos. “Nossa expectativa é que ele receba uma pena justa pela atrocidade que fez. A gente não deseja morte, desejamos que apodreça na cadeia junto com a consciência dele”, emenda.

“Tão grave quanto a violência é a omissão. Não tenha medo, denuncie”, pedem, em cartazes e panfletos.

Prima da vítima, ela diz que Ronan destruiu tudo. “Aqui, a gente tenta levar a vida. A falta que ela faz só a gente sabe. Todos os dias acordávamos com mensagem dela de bom dia, e hoje não temos mais isso. Não temos mais nada”, lamenta. Uma viatura da Polícia Militar acompanha o ato, pacífico e simbólico, realizado por cerca de 50 pessoas. Na audiência de instrução, a Justiça vai começar a ouvir o réu e as testemunhas do caso (Colaborou Rayra Paiva Franco).

 

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Foto: Rayra Paiva Franco/Jornal de Brasília

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