Família perde casa e lutadores de jiu-jitsu fazem campanha para reconstruí-la

Ana Karolline Rodrigues
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Por pelo menos dez anos, Lindinalva Rocha da Silva, de 53 anos, viveu em uma casa bastante humilde em Novo Gama, Goiás. Mas a família perdeu o pouco que tinha quando a residência foi demolida. Para ajudar a dona de casa e seus três filhos, um projeto social atuante no Gama organiza uma ação: os voluntários vão leiloar um quadro para arrecadar fundos.

O Instituto Arte Suave oferece aulas de jiu-jitsu, de graça, para crianças e adolescentes na Escola Classe 17 do Gama. Atualmente, são duas turmas, uma de cinco a dez anos e outra de 11 a 16, que juntas somam 55 alunos. O instituto conta com a parceria de dois grandes atletas do MMA: os brasilienses Rani Yahya e Adriano Moraes. Além das aulas lecionadas pelo professor voluntário Ueslei Barbosa, há outras ações sociais, como arrecadação de roupas e de alimentos.

De acordo com Cláudio Luiz Borges, um dos fundadores e coordenador do projeto, a ideia de ajudar a família com doações surgiu ainda em 2016, quando conheceu dona Lindinalva. No início deste ano, com o grupo do jiu-jitsu e com a ajuda do artista Mário Salluz, ele resolveu dar prosseguimento à ideia do leilão. A vontade do coordenador do instituto é de realizá-lo ainda nesta ou na próxima semana, pelo próprio Facebook da organização.

A tela de 1,50 cm por 80 cm pintada por Mário foi concluída no meio deste ano e avaliada por um leiloeiro em R$10 mil – valor que o grupo espera arrecadar. O artista é um dos poucos do DF que pintam o Cerrado, e fez o quadro especialmente para o leilão.

Nova casa

Em julho de 2016, a antiga casa da família de Lindinalva foi demolida devido ao risco de desabamento e, em agosto do mesmo ano, a partir de doações de materiais pelo Instituto, a construção foi colocada em prática. Por conta disso, há aproximadamente um ano, a dona de casa e os três filhos que vivem com ela moram em uma casa alugada por Cláudio, na rua acima à da antiga residência.

A nova casa já tem base, cimento em partes do chão e banheiros quase prontos. Porém, faltam materiais para o que ainda resta construir. Para auxiliar no processo de arrecadação, o grupo também criou a vaquinha on-line Construção Solidária, que precisa de doações para atingir o montante esperado.

 

Mesmo vivendo em outro endereço atualmente, a dona de casa diz esperar ansiosamente pelo fim da construção do novo lar, uma vez que ela e a família sofrem com a falta de estrutura. “A situação está péssima. Estamos sem água, vivo pedindo para os outros. Eu queria acabar de construir e me mudar para lá”, afirmou.