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Brasília

Vídeo: família acusa hospital de negligência após sofrer acidente de carro

Arquivo Geral

06/01/2018 11h00

Myke Sena

Larissa Galli
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A ideia era passar as festas de fim de ano comemorando com a família, mas depois de um acidente na estrada, Josemir da Cruz Machado, 54 anos, sofre imobilizado na cama e sua filha Taise Gabriela, 29 anos, acusa o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) de negligência. Segundo ela, depois de uma peregrinação por unidades de saúde e sem perspectiva de atendimento adequado, eles seguem na próxima semana para Barreiras (BA) em busca de assistência.

Conforme Taise, o carro pilotado por seu pai, com sua mãe, Regina Machado, 49 anos, no banco do passageiro, foi fechado na altura do km 4 da Br-060, próximo a Santo Antônio do Descoberto (GO), em 27 de dezembro. Outros motoristas pararam para ajudar até a chegada de uma ambulância e, a partir daí, começou o calvário. Primeiro, eles foram ao Hospital Regional do Gama (HRG). “Não deixaram a gente entrar pois disseram que não tinha mais vagas. A ideia era ir para o Hospital de Ceilândia, mas também não tinha lugar para nós”, relata.

Segundo ela, se dirigiram, então, para Santa Maria, onde conseguiram ser atendidos. “Um médica disse que receberia meus pais por causa das queixas, porque o hospital também já estava lotado”, conta Taise. “O médico plantonista solicitou um Raio X de péssima qualidade, eles avaliaram e disseram que não tinha nada de errado”, completa Taise, que é fisioterapeuta.

Abaixo, um depoimento do senhor ferido:

Descaso

Seus pais, Josemir e Regina, passaram a noite em um cadeira e em uma maca sem colchão. A única recomendação teria sido aplicar analgésico e anti-inflamatório. “Não tinha funcionários no hospital para nos ajudar”, denuncia Taise. Após a alta, no dia seguinte, a filha levou os pais para casa, no Paranoá, mas ela não ficou satisfeita com o diagnóstico dos médicos.

“Como fisioterapeuta, achei melhor buscar avaliações de outros médicos. Por isso, fizemos uma tomografia na clínica da minha chefe e foi constatado uma fratura na (vértebra) L1 com compressão”, alega. Agora, Josemir está de cama e imobilizado para não piorar o caso.

“Os médicos da clínica disseram que é caso de cirurgia e cobraram R$ 40 mil para fazer. É muito inacessível para nós”, explica. “Desde que meu pai deu entrada no Hospital a situação dele vem piorando. Ele foi colocado em uma cadeira junto com minha mãe porque não tinha macas no Hospital”, completa.

Versão Oficial

A direção do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) informou que Josemir “foi atendido no pronto-socorro de cirurgia e ortopedia, fez exames e a equipe médica avaliou o caso, prescreveu medicação e orientou a família”. De acordo com a chefia da unidade, “o paciente pode procurar o serviço de emergência em ortopedia quando estiver sentido qualquer alteração no seu quadro clínico”. Sobre as macas sem colchões, a justificativa foi a alta demanda no período de final de ano.

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