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Brasília

Estupros e roubos cresceram no Distrito Federal, aponta balanço da SSP

Arquivo Geral

05/03/2018 13h19

André Borges/Agência Brasília

Matheus Venzi
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O balanço da criminalidade de fevereiro, divulgado nesta segunda-feira (5) pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Paz Social do DF, registrou um crescimento no número de roubos a comércio. As ocorrências de estupro também tiveram alta e o número acumulado de tentativas de latrocínio durante o ano chamou a atenção.

Foram 176 roubos roubos em comércios neste último mês, contra 157 no mesmo período do ano passado – um aumento de 12,1%. Se considerar desde o início do ano, foram 349 roubos em 2018 ante 343 em 2017. “Precisamos ter uma atenção maior, continuar com o processo de mapeamento dos locais dos roubos para identificarmos as manchas de criminalidade e aumentar o policiamento nessas áreas”, reconhece o secretário da Segurança Pública e da Paz Social, Cristiano Sampaio.

Foto: Breno Esaki/Jornal de Brasília

O secretário afirma que mesmo com a greve dos policiais civis foi possível conter o número de crimes. “O nosso efetivo teve uma pequena redução por causa disso. Mas, mesmo assim, conseguimos lidar com a situação sem grandes perdas. O número de ocorrências registradas pela internet, inclusive, cresceu devido a esse fato”, acrescenta o secretário.

Tentativas de latrocínio

O número de tentativas de latrocínio também teve destaque. Mesmo que fevereiro/2018 tenha registrado a mesma quantidade que o ano passado – 14 tentativas -, o crime cresceu se considerar o acumulado desde o início do ano. Foram 38 tentativas de latrocínio entre janeiro e fevereiro deste ano, contra 31 do ano passado.

Número de registro de estupros cresce

O número de estupros registrados no mês cresceu em 22,8%. Foram 64 registros em 2018, contra 42 no ano passado. Desde o início de janeiro, foram 124 crimes desta natureza, ante 101 em 2017. Entretanto, vale lembrar que algumas vítimas deixam para denunciar os crimes em meses seguintes ao em que o delito ocorreu. O número de estupros ocorridos em fevereiro foi o mesmo nos dois anos.

A delegada-chefe da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), Sandra Melo, lembra que a prevenção dos crimes é complicada. “Se a gente falar sobre o estupro de vulnerável, especificamente, vai ser possível ver que em todos os 18 crimes ocorridos no mês, a vítima tinha algum vínculo com o autor. Ou seja, não dá pra colocar um policial dentro das casa da pessoa”, destaca.

Foto: Breno Esaki/Jornal de Brasília

Por isso, a delegada acredita que as ações de conscientização são essenciais para combater a violência sexual. “O grande desafio é convencer as mulheres de que o nosso trabalho é sério e elas podem confiar em nós. Muitos dos crimes não são denunciados por uma questão cultural nossa”, aponta. Segundo Sandra, esse crescimento no número de registros pode significar que as vítimas estão se sentindo mais seguras para denunciar do que antes.

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