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Brasília

Estupro triplo: mulheres contam terror na mira de homem armado

Arquivo Geral

04/10/2018 18h00

Shutterstock

Jéssica Antunes
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Os 40 minutos de terror vividos dentro de um bar no Setor de Oficinas Norte (SOF), às margens da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia) foram narrados pelas vítimas à Polícia Civil. Três mulheres, sendo uma grávida de quatro meses, foram ameaçadas e violentadas por um homem armado com um facão por volta das 21h30 de quarta-feira (3). As mulheres aproveitaram um vacilo, reagiram e o homem foi agredido por populares.

Armado, o homem que estaria no estabelecimento há cinco horas, forçou sexo vaginal e exigiu anal com uma mulher, obrigou outra a fazer sexo oral, e a terceira, gestante de quatro meses, teve de masturbá-lo. Uma das vítimas foi impedida de vestir roupas e, quando teve oportunidade, saiu correndo nua para pedir socorro. Levadas à 2ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) após atendimento médico, elas descreveram e detalharam o medo passado sob a mira do homem armado.

“Muito cruel”

À polícia, a vítima T.Q.M contou que é empresária e vive em união estável com B.R.V.S, que também é sócia do bar que acabaram de abrir na região. As duas vivem em um quarto nos fundos do estabelecimento. Nesta quarta-feira, por volta das 21h30, elas estavam na companhia de uma amiga, P.A.S quando foram surpreendidas pelo homem armado com um facão. Naquele momento, ele teria anunciado um assalto, fechado as portas e colocado todos os pertences das vítimas em uma bolsa preta. Logo após, porém, ele teria dito que queria transar e passou a ameaçá-las de morte.

O homem ameaçou cortar o bico dos seios de T.Q.M para obrigá-la a fazer sexo oral sem camisinha. B.R.V.S, por sua vez, teve de tirar a roupa. Dentro de um quarto, o suspeito a ameaçou e usou de forte violência para fazer sexo com a mulher. Ele ainda teria exigido sexo anal, mas desistiu após a vítima gritar e se desesperar. Ela foi impedida de recolocar a roupa porque o agressor queria “aproveitar muito do corpo dela porque ela era gostosa” e “não tinha nada a perder nessa vida”.

A gestante P.A.S chegou a passar mal, começou a chorar e o homem disse que “não faria nada” com ela. No entanto, a mulher foi obrigada a masturbá-lo. Em depoimento, ela declarou que o homem “parecia estar descontrolado” e fazia ameaças de morte constantes. “Ele era muito cruel”, descreveu.

Reação 

O trio reagiu. Em certo momento, conforme os depoimentos, o homem “vacilou com o facão e o colocou no chão”. Uma das meninas partiu para cima dele e os dois entraram em luta corporal. A moça impedida de se vestir correu nua em busca de socorro.

Os populares o alcançaram próximo a um posto de gasolina, onde o agrediram. O suspeito foi levado ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e posteriormente à delegacia, onde se manteve em silêncio. As mulheres foram encaminhadas ao hospital e, depois, à delegacia.

Natural de Iguatu (CE), ele responde a pelo menos dois processos criminais na cidade natal. No DF, não há registros de ações contra ele.

Colaborou Tainá Morais

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