Preso duas vezes no âmbito da operação Falso Negativo, que investiga a compra fraudulenta de testes de covid-19 pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal, o ex-subsecretário de Vigilância à Saúde da pasta pode ser solto novamente em breve. Nesta terça-feira (13), o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Rogério Schietti Cruz concedeu liminar de soltura a Hage.
A medida do STJ reverte a prisão preventiva em outras medidas cautelares. Essas medidas serão definidas pelo juiz responsável pelo caso.
Hage foi preso pela primeira vez no dia 25 de agosto de 2020, junto a outros cinco nomes. De toda a cúpula, o ex-subsecretário foi o único a conseguir habeas corpus. Porém, um mês depois, em nova fase da operação, o Ministério Público (MPDFT) voltou a prender o acusado.
A denúncia do MPDFT aponta que Hage articulava contratações desnecessárias para o DF com o ex-diretor do Laboratório Central (Lacen), Jorge Chamon. Os contratos eram “voltados apenas a desviar vultoso montante de dinheiro público”, segundo os promotores.
O órgão diz ainda que o ex-subsecretário mantinha contato direto com as empresas beneficiadas. “Conversas em aplicativo analisadas demonstraram que ele foi a pessoa quem recebeu a minuta do projeto básico elaborada por Roberta Cheles, representante da Biomega, que futuramente se sagraria vencedora da contratação direta”, afirmam os promotores.