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Brasília

Dia das Mães: celebração de famílias e do comércio

Arquivo Geral

13/05/2018 16h02

Foto: Myke Sena/Jornal de Brasília

Raphaella Sconetto
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Neste domingo de Dia das Mães, os brasilienses saíram de suas casas em busca de um almoço especial. Alguns optaram por levar as mães em restaurantes, outros aproveitaram os espaços públicos para fazer um piquenique ou um churrasco. Quem comemora é o comércio, que espera alta de 11% nas vendas em relação ao ano passado, conforme a expectativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF).

A família da decoradora de festas Juliana Lepletier, 39 anos, aproveitou o dia para se reunir em um restaurante. O que atraiu foi a comodidade. “É um dia para conversar, reunir, descansar de cozinha”, brinca. “Todas as mulheres na mesa são mães, a que não é, o bebê está a caminho”, completa.

Tudo foi pensado com antecedência e o local foi escolhido durante a semana para não ter imprevistos. “Combinamos durante a semana. Como minha mãe é nordestina trouxemos ela para comer carne de sol. Vamos lembrar as tradições”, afirma.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-DF), Rodrigo Freire, esse é um comportamento já esperado no Dia das Mães. “Muitas já saem com uma reserva. Os filhos não querem correr o risco de esperar, de ficar horas numa fila”, alega.

A data, de acordo com Freire, é o segundo melhor dia do ano para o lucro dos donos dos estabelecimentos. “Só perde para o dia dos namorados”, aponta. Por conta da alta demanda, ele indica que os restaurantes têm que aproveitar a oportunidade para atrair e fidelizar mais clientes. “É um dia muito bom, mas a casa tem que se organizar para dar um bom atendimento, fazer com que a espera não seja uma experiência negativa, fazer agrados”, explica.

Myke Sena/Jornal de Brasília

Se depender da gerente do restaurante Gibão, Eudinice Almeida de Olinda, que fica no Parque da Cidade, os clientes que frequentaram o espaço na data comemorativa terão motivos para voltar. “A gente sempre tem a casa bem cheia no Dia das Mães e nos programamos para um público maior: aumentamos o número de mesas e arrumamos uma área maior para acomodar todos”, conta.

Ela conta que desde às 10h30 já tinham clientes aguardando para o almoço. “Fazemos por ordem de chegada. O pico vai ser 13h, quando muita gente vai estar aguardando por uma mesa. O restaurante vai ficar o dia lotado”, comemora.

Opção mais barata

Quem prefere gastar pouco e não se preocupar com horário encontrou no Parque da Cidade a opção perfeita para aproveitar o Dia das Mães. A família da cozinheira Maria Valdirene Pereira, 40 anos, chegou no fim da manhã e pretende passar a tarde toda no parque. Para isso, foram equipados: “água, refrigerante, suco, comida do nordeste”. Além da família, ela conta que também vão comemorar o dia com os amigos. “Vai vir uma turma de 20 pessoas”, conta.

Ano passado Maria Valdirene passou a data numa churrascaria, mas neste ano procurou inovar. “Na churrascaria ficamos na fila de espera e depois tivemos que comer rápido, porque o pessoal fica apressando para entrar mais clientes. Não foi uma boa experiência. Esse ano joguei a ideia no nosso grupo e todo mundo concordou. É algo que depende só da gente, não tem hora para ir embora e mesmo cozinhando, comprando as coisas, sai mais barato”, afirma a cozinheira.

Myke Sena/Jornal de Brasília

A família da técnica de enfermagem Marta Eliane de Lima Silva, 45 anos, também se preparou para passar o dia no parque. Levaram uma churrasqueira própria. “Tem churrasco, arroz, maionese. Até rede trouxemos. Viemos para passar o dia, sem hora de voltar”, conta. Marta se programou para passar o dia com a mãe, mas ela teve que ser internada. “Sei que ela estaria feliz de estar aqui, então viemos mesmo assim e vou comemorar com meus filhos e meu pai”.

Para ela, o que pesou na escolha do local para comemorar o Dia das Mães foi o tempo que teria livre. “No restaurante fica pouco tempo e já tem que voltar para casa . Aqui podemos passar o dia, conversar, brincar, tirar foto. No parque dá para curtir mais a família”, finaliza.

Comércio otimista

O comércio está otimista com as vendas no Dia das Mães deste ano. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) prevê que elas sejam 11% mais altas do que em 2017. O comportamento do consumidor também mudou — 80% de 500 mil que foram às compras deviam pesquisar antes de comprar, de acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas do Distrito Federal (CDL-DF). Outra tendência, segundo a Fecomércio, é que os produtos mais procurados deixem de ser os eletrodomésticos e utensílios para casa e passem a ser calçados, perfumes, roupas e bolsas. O gasto médio do brasiliense com presentes na data comemorativa será de R$ 158,71.

Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Distrito Federal (CDL-DF), José Carlos Pinto, explica que a percepção dos consumidores é de que os produtos estão ligeiramente mais caros neste ano. As expectativas dos lojistas estão altas, já que o desemprego parou de cair. “Quem se endividou já pôs as contas em dia e começa a se controlar mais financeiramente. Os saques mais recentes do FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço] também favorecem o comércio neste Dia das Mães”, analisa.

Para o presidente da CDL-DF, tanto o grande quanto o microempresário têm expectativa de melhora nas vendas, cada um com sua estratégia. “O empresário de bairro é um artista. Tem produtos, embalagens exclusivas, põe faixas na loja. Resolve o problema de quem compra de última hora e não quer deixar a data passar em branco”, exemplifica. “O grande empresário se recupera do ano passado, resultado de anos anteriores muito difíceis”, pontua.

Saiba mais

» O Dia das Mães deve fazer com que 74% dos brasileiros realizem ao menos uma compra

» Cerca de 111,5 milhões de pessoas devem presentear alguém, o que deve injetar cerca de 17 bilhões de reais nos setores do comércio e serviços.

»O gasto médio do brasileiro deve ser de R$ 152,98.

» Os produtos mais procurados são roupas (42%), perfumes (36%), calçados (23%) e cosméticos (21%).

» Os shopping centers são o local preferido de 36% dos entrevistados, seguidos de lojas virtuais (29%), shoppings populares (19%), lojas de rua (17%) e de departamento (17%).

» Cerca de 36% dos brasileiros declararam ter atualmente alguma conta em atraso

» 20% costumam gastar mais do que podem para presentear no Dia das Mães.

Fonte: Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)

(Com informações de Rafaella Panceri)

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