Aline Rocha e João Pedro Rinehart
Acontece, nesse momento, no Cemitério de Planaltina, o velório de Letícia Sousa Curado, assassinada por Marinésio dos Santos Olinto, na última sexta-feira (23). A cerimônia acontece sob forte comoção e conta com a presença de familiares, amigos, bombeiros, policiais militares e moradores da região.
Um cartaz no caminho para a capela diz que foi um “‘não’ para o abuso que tirou o sorriso contagiante de mais uma mulher”.
A comunidade organizou-se pelas redes sociais, de forma a chamar a população para se solidarizar com a família da vítima. Um dos presentes afirmou ter medo pelas netas e que nunca havia visto crime desse tipo na cidade.
O enterro foi acompanhado por dezenas de pessoas que protestavam contra a violência contra à mulher e foram prestar homenagem à Letícia. O marido da vítima, Kaio Fonseca, postou em suas redes sociais o comunicado do horário e solicitou que todos aqueles que fossem se despedir e prestar uma homenagem à esposa, vestissem roupa branca.
Entenda o caso
O corpo da advogada e servidora do Ministério da Educação (MEC), Letícia Sousa Curado, foi encontrado na tarde dessa segunda-feira (26). A jovem havia desaparecido na última sexta-feira (23) quando saiu para trabalhar, por volta de 7h30. Letícia deixa marido e um filho de 3 anos.
Marinesio dos Santos Olinto, de 41 anos, confessou ter matado Letícia Sousa Curado de Melo, de 26 anos e Genir Pereira de Sousa, que foi assassinada em abril deste ano.
Acompanhado da advogada, o assassino levou os policiais até o corpo de Letícia, que estava em uma manilha às margens da estrada que leva ao Vale do Amanhecer, em Planaltina.
Durante a repercussão dos assassinatos, a delegada Jane Klébia, da 6ª DP, confirmou mais três vítimas sobreviventes.
As três vitimas sobreviventes compareceram à 31ª Delegacia de Polícia nesta noite e reconheceram o cozinheiro. Segundo uma das vítimas, da mesma forma que as outras duas mulheres, ela aceitou uma carona, mas ao ser atacada conseguiu saltar do carro e fugir.