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Brasília

DER bloqueia via em Ceilândia e descarta risco de desabamento

Arquivo Geral

22/11/2018 7h00

Atualizada 21/11/2018 21h20

Foto: Raianne Cordeiro/Jornal de Brasilia

Jéssica Antunes
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A ponte sobre o rio Melchior, na DF-180, em Ceilândia, foi isolada pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF). Apesar de o risco de desabamento tenha sido descartado, a pista foi fechada nos dois sentidos porque uma erosão na cabeceira da estrutura cedeu com a chuva e poderia crescer, causando riscos aos motoristas. O trabalho de contenção e aterro pode durar até três dias.

O bloqueio é necessário para o início das intervenções de recuperação do talude, que desenvolveu uma erosão em virtude da quantidade de chuvas nos últimos dias. Apesar disso, não há danos à estrutura da ponte. Engenheiro do DER e chefe do 3º Distrito Rodoviário, Bruno Almeida explicou ao Jornal de Brasília que a medida é para garantir a segurança dos motoristas. Com trânsito limitado, diminuem a sobrecarga na via e os riscos de agravar a situação.

Força da água

Parte da terra que dá suporte ao início da ponte foi levada pela água do rio, que, somada à chuva, adquiriu velocidade que poderia causar destruição. Na margem do rio, é possível ver os impactos da correnteza na mata. Com a erosão, o asfalto começou a rachar. O problema foi visto por caminhoneiros e carroceiros, que acionaram a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros.

A DF-180 é rota de caminhões e carretas. É uma via de ligação entre duas importantes rodovias federais: BR-060 e BR-070. Não se sabe quando o problema começou. “O processo erosivo é contínuo. Pode ter iniciado antes e só agora ser perceptível. Vamos fazer a contenção embaixo da ponte para reaterrar, colocando terra onde ela foi levada pela chuva”, descreve o engenheiro.

A previsão é de que todo o serviço de recuperação fique pronto em três dias. Até lá, apenas uma faixa deve ser liberada e os veículos serão direcionados por agentes de trânsito. À noite, porém, o fluxo deve ficar interrompido de forma permanente.

Pista leva a escola

O trecho interditado fica exatamente antes e depois da Escola Classe Guariroba, que recebe cerca de 500 alunos. Para garantir que as aulas não fossem interrompidas, o DER liberou o trânsito para professores, gestores e ônibus escolares. Apesar disso, 20 alunos que moram em áreas rurais não conseguiram chegar ao colégio.

Conforme o diretor Fernando Travassos, o motorista do transporte escolar que deveria buscá-los não conseguiu acesso às regiões. “Estimo que 90% dos estudantes tenham conseguido chegar. Para os próximos dias, com liberação parcial da via, o problema não deve se repetir e todos os alunos conseguirão vir para a escola”, diz. De acordo com a Secretaria de Educação, não houve impacto nas aulas na escola.

O trabalho de contenção e aterro pode durar até três dias, segundo o governo o diretor Fernando Travassos diz que o transporte escolar enfrentou problemas. Foto: Raianne Cordeiro/Jornal de Brasilia

Saiba Mais

Na semana passada, duas grandes erosões causadas pelas chuvas provocaram transtornos no DF. A Estrada Parque Vicente Pires (EPVP), no acesso a Águas Claras e Park Way, ficou bloqueada para contenção do desmoronamento entre os dias 16 e 18 de novembro. A medida foi necessária após transbordamento do Córrego Samambaia, que passa sob a via próximo ao viaduto Israel Pinheiro.

Naquele mesmo fim de semana, uma cratera de dez metros de diâmetro se abriu na rua 8 de Vicente Pires. No local, havia escavação para instalação de galerias de águas pluviais, mas a erosão se estendeu com as chuvas.

Também em Vicente Pires, uma erosão engoliu um carro ocupado por dois idosos no dia 23 de outubro. Segundo a Secretaria de Obras e Infraestrutura, o problema foi causado por uma ligação clandestina de águas pluviais.

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