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Brasília

Cristiomário vira no fim e é o novo prefeito de Planaltina de Goiás

Diferença para segundo e terceiro colocados não superou 417 e 451, respectivamente; delegado se diz alinhado ao pensamento do presidente da República

Olavo David Neto

15/11/2020 23h15

Numa arrancada cinematográfica, Cristiomário Medeiros (PSL) alcançou os líderes e virou para se eleger o novo prefeito de Planaltina de Goiás. Delegado da Polícia Civil de Goiás PCGO), o candidato teve como mote da campanha a Segurança Pública, área em que atua na cidade. Com 33,24% dos votos, Medeiros ficou à frente de Zenilton da Costa (PL), com 32,2% e Carlinhos do Egito (Pros), que somou 32,1%.

No total, Cristiomário recebeu 13.364 votos, apenas 417 a mais que os 12.947 de Zenilton. Carlinho chegou com 12.913 escolhas na urna. Ao JBr., o escolhido da população, que chegou a ser levado pela Polícia Militar (PMGO) depois de sacar a arma do coldre nas proximidades de um colégio eleitoral, apostou as fichas da campanha num passado sem escândalos políticos ou criminais. “Eu tenho ficha limpa; é hora de mudar esse cenário, tirar Planaltina das páginas policiais”, afirmou em entrevista na quarta-feira (11).

Após a vitória, a reportagem não conseguiu contato com o pesselista. Ele apenas atendeu ao Jornal de Brasília quando do episódio da detenção, no qual se disse vítima de “perseguição” dos adversários políticos. Segundo ele, o que falta a Planaltina é junção de esforços na Segurança. “Eu quero integrar as forças, criar um centro de monitoramento para fornecer informações às corporações estaduais”, apontou o então candidato.

Cristiomário também se apoia na militarização das escolas públicas de Planaltina e valorização “dos conceitos tradicionais e da família”. Na oportunidade, Medeiros relatou à reportagem que houve falhas na gestão da pandemia na cidade, que “fechou antes mesmo do DF”, e afirmou que “acredito que não fecharia” o município caso haja uma segunda onda de contaminações do novo coronavírus na região. “Nunca neguei o problema, mas fechar eu sou contra. Não reduziu o número de casos, até porque não compraram testes para a população”, garante o delegado.

Concorrendo pelo mesmo partido que elegeu o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (hoje sem filiação partidária), ele disse pensar da mesma forma que o chefe do Executivo nacional com relação ao discurso. “Família, escolas militarizadas, autoridades na escola, resgate dos momentos cívicos e do patriotismo, a gente pensa parecido, sim”, declarou o delegado. Com três vereadores eleitos pelo mesmo PSL, ele terá certo reforço entre os parlamentares locais.

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