Lucas Valença e Willian Matos
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O Banco de Brasília (BRB) apresentou, nesta quarta-feira (28), o primeiro balanço semestral da nova gestão. A estatal comemora o avanço em meio ao cenário econômico nacional desfavorável.
O banco comemora, por exemplo, a redução do índice de inadimplência, que caiu 0,6 p.p no fim do primeiro semestre, em relação a março deste ano. A margem financeira é outro item que apresentou melhoria, atingindo R$ 501,8 milhões e representando um crescimento de 2,5% em relação ao segundo trimestre de 2018.
O lucro líquido do BRB atingiu R$ 95,3 milhões no segundo trimestre de 2019. O crescimento em relação ao mesmo período de 2018 foi de 69,7%, com retorno sobre o patrimônio líquido médio de 19,0%.
“O BRB está crescendo de maneira ampla e em quase todas as linhas de negócio” afirmou o presidente da instituição, Paulo Henrique Costa.
Reorganização
Costa explica a repaginação pela qual a estatal teve de passar. “O BRB precisou se reinventar, se reorganizar e rever sua estrutura de governança. Mesmo com um cenário adverso no país, nós avançamos”, vibra.
A apresentação, marcada intencionalmente na data que comemora o Dia do Bancário, marca a intenção do presidente de fazer com o que o BRB seja cada vez mais próximo dos seus clientes. O evento vira de vez uma página complicada. “Esta reorganização não se deu exclusivamente no banco, mas envolveu cada empresa subsidiária”, afirma o presidente.
Circus Maximus
A repaginação a qual a mesa de apresentação do balanço se refere está diretamente relacionada a operação Circus Maximus, deflagrada pela Polícia Federal que teve como alvo uma suposta organização criminosa do BRB.
Como medida, a estatal afastou membros da diretoria à época. Os diretores Financeiro e de Relações com Investidores, Nilban de Melo Júnior, e de Serviços e Produtos, Aurélio Monteiro de Castro deixaram o quadro do banco. Oswaldo Serrano de Oliveira assumiu os cargos.
Parceria com NDB
Na terça (27), um dia antes da apresentação do balanço, a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e o Banco Regional de Brasília (BRB) vão firmar parceria junto ao New Development Bank (NDB) para buscar recursos internacionais a serem investidos em projetos de desenvolvimento sustentável no DF.
As instituições se comprometeram em assinar acordo de cooperação técnica para formular uma carta-consulta que deve ser submetida ao NDB e ao Ministério da Economia ainda este ano.
Estiveram na reunião o titular da Sema, Sarney Filho; o diretor-presidente do BRB, Paulo Henrique Costa; e o diretor-geral NDB, Couto Silva. O NDB é composto pelos países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia e China e África do Sul).
A ideia é que o BRB possa oferecer linhas de financiamento a baixo custo para pessoas físicas e jurídicas. Serão feitos, por exemplo, investimentos em soluções de mobilidade urbana de baixa emissão e fontes de energias alternativas, como a fotovoltaica. Outras opções de investimentos são em reuso de água, resíduos sólidos e soluções na linha Cidades Inteligentes. Com informações da Agência Brasília.
