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Brasília

Condenado por estupro no DF apaga as redes sociais após denúncia do JBr.

Arquivo Geral

26/07/2018 15h28

Foto: Reprodução/Facebook

Poucas horas após vir à tona a polêmica envolvendo Lucas Carvalho Rollo, suspeito de abusar sexualmente de uma menina de 6 anos no DF, o acusado, que atualmente vive como soldado do Exército americano, excluiu as redes sociais.

Tanto no Facebook quanto no Instagram, Lucas ostentava sua liberdade por meio de fotos e vídeos em festas de música eletrônica, além de exibir regularmente o uniforme militar.

“Eu já imaginava que ele iria excluir as redes sociais quando tivesse conhecimento da repercussão do caso. Eu tô achando ótimo. É um chance de tudo isso se resolver com mais rapidez. Tanto a Justiça daqui quanto a de lá (dos Estados Unidos) devem querer agilizar o processo agora”, desabafou a mãe da vítima.

Ele foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) por estupro de vulnerável, cometido em 2014. O nome de Lucas foi incluído na lista de procurados da Interpol.

Foto: Reprodução/Facebook

O mandado de prisão foi expedido em agosto passado. Lucas nasceu em Florianópolis (SC), mas possui cidadania americana por ser filho adotivo de uma brasileira com um americano. Contudo, ele voltou ao País no fim de 2013. Na época, morava na casa de um familiar dos pais adotivos no DF. Na residência em Vicente Pires, ele passou a conviver com a vítima.

O crime

A mãe da criança relata que na época ninguém desconfiava de nada. “Eu estava enfrentando uma depressão e fiquei internada por um tempo. Meu marido trabalha como motorista, então não tinha ninguém para ficar com a minha filha durante a jornada dele. Por isso, a tia do meu esposo e falou que poderia cuidar dela até que eu melhorasse”, relata. Foi aí que Lucas, na época com 20 anos, e a vítima passaram a conviver.

No começo, tudo parecia normal. Entretanto, no dia 2 de fevereiro de 2014, um comportamento estranho da menina chamou a atenção do pai. “Por causa de um churrasco da família, a tia do meu esposo e as outras pessoas da casa saíram e só ficaram ele, minha filha e Lucas”, explica a mãe. O pai ficou no andar de baixo assistindo a uma partida de futebol e a criança subiu para brincar com Lucas. Até este dia, ninguém suspeitava de nenhuma atitude estranha do rapaz.

Em um determinado momento, a menina desceu as escadas e disse ao pai que queria tomar banho. “Meu esposo respondeu que ainda não era a hora, mas ela insistiu. No terceiro pedido, ele a perguntou por que queria tanto tomar banho. Ela respondeu que estava sangrando. Meu marido ficou desesperado e perguntou o motivo. Ela contou que Lucas estava em cima dela e que tinha passado um gel nas partes íntimas dela”, relembra a mãe.

O pai, então, foi ao andar de cima, onde Lucas estava tomando banho, e pediu que abrisse a porta. “Lucas recusou. Então, meu marido disse que iria arrombar a porta de qualquer jeito. Lucas abriu e os dois entraram em luta corporal”, conta. O homem, então, teria ligado para a tia, “antes que algo pior acontecesse”. O caso foi parar na 38ª DP, onde um boletim de ocorrência foi registrado.

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