Após o Governo do Distrito Federal (GDF) definir que bares e restaurante em Brasília só poderão funcionar até às 23h, com mesas em ter distanciamento de dois metros e proibição de música ao vivo nos estabelecimentos, o secretário de saúde, Osnei Okumoto, se reuniu com representantes de segmentos comerciais da capital.
Ele reuniu-se no início da tarde desta terça (1º), por vídeo conferência, com o presidente da Fecomércio, Francisco Maia, e representantes de outros segmentos a fim de discutir estratégias de conscientização para a população e para as empresas. Durante o encontro, enquanto o secretário de Saúde fazia sua exposição, foi divulgado o Decreto 41.535. Os participantes da reunião mostraram grande preocupação com a decisão do governador. Vários apelos foram feitos para que não haja restrições maiores às portas do Natal e até para que Osnei apelasse ao governador para revogar a norma.
O secretário disse aos presentes que o índice de transmissão do coronavirus no DF, que era de 1, chegou a 1.3, o que é um alerta para uma segunda onda de covid-19 na cidade. Ele informou aos empresários que será feito um inquérito epidemiológico em toda a cidade para identificar as principais formas de transmissão da doença. “Se continuar aumentando a transmissão, consequentemente aumentarão as internações e os óbitos”, previu o secretário.
O presidente Federação das Indústrias do DF, Jamal Jorge Bittar, chegou a dizer que os comerciantes do setor de bares e restaurantes que não cumprem as regras de prevenção ao coronavírus são exceção e que por isso todo um segmento não pode se punido. “Se não se fecha o Congresso porque existe um mau deputado, porque fechar todos os bares e restaurantes por causa de alguns empresários que não cumprem as regras”?, comparou.
O presidente da Federação do Comércio, Francisco Maia, disse que todos os segmentos comerciais do DF querem participar juntamente com o governo no processo de conscientização da população. Para os empresários, os consumidores também são responsáveis pelo aumento da transmissão do coronavirus na cidade, pois relaxaram no cuidado pessoal.
O superintendente do Sebrae, Valdir Oliveira, temendo que medidas mais duras venham a ser tomadas, disse que se evoluir para um lockdown (confinamento) as consequências serão irreparáveis, inclusive porque muitos empresários solicitaram empréstimos para retomar as atividades.