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Brasília

Caso Rhuan: tribunal do júri de assassinas confessas acontece nesta quarta (25)

Rosana Cândido e Kacyla Damasceno são assassinas confessas de Rhuan Maycon, esquartejado aos 9 anos em junho de 2019

Redação Jornal de Brasília

25/11/2020 15h29

Aline Rocha, Olavo David Neto e Vanessa Lippelt
[email protected]

Acontece, nesta quarta-feira (25), no Fórum de Samambaia, o tribunal do júri responsável pelo julgamento de Rosana Auri da Silva Cândido e Kacyla Pryscyla Santiago Damasceno. As duas são assassinas confessas de Rhuan Maycon, esquartejado aos 9 anos no dia 1º de junho de 2019.

O julgamento entra, nesse exato momento, na fase de votação. Antes da votação dos quesitos, cabe ao juíz explicar aos jurados o significado de cada pergunta e prestar algum esclarecimento. Eles se reúnem para discutir a materialidade, autoria, teses da defesa e condições qualificadoras do assassinato da criança. Depois que os jurados dão o veredicto, o juiz, profere a sentença, declarando o réu inocente ou culpado, de acordo com a vontade popular, e aplica a lei penal ao caso.

De acordo com o advogado de defesa das rés, Renato Barcat Filho, a sentença deve sair em breve. “Serão condenadas, com uma pena pesada. Décadas”, adianta ele em primeira mão ao Jornal de Brasília.

O tribunal do júri acontece desde de 9h e todas as testemunhas foram ouvidas já pela manhã. O julgamento está na fase de debate, onde a promotoria e a defesa apresentam os argumentos. “Eu fui ouvido pela manhã e posso te dizer que tudo corre tranquilamente”, conta ao JBr Guilherme de Sousa Melo, à época delegado-chefe na 26ª Delegacia de Polícia (DP) de Samambaia, responsável por atender a ocorrência.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), não há previsão para término, podendo se estender até a madrugada. Segundo informações obtidas com exclusividade pelo Jornal de Brasília, Rosana e Kacyla mantiveram-se na maior parte do tempo de cabeça baixa. Rosana, mãe de Rhuan, estava de cabeça raspada e não esboçou nenhuma emoção durante o depoimento das testemunhas. Kacyla, mais magra, demonstrou incômodo, quase chorando.

“Elas estão orientadas pelos advogados”, relata a fonte. “Quando o delegado relatava sobre o crime Rosana chegou a fitá-lo nos olhos algumas vezes, como se estivesse se recordando da noite do crime”, revela a fonte ao JBr.

Repercussão

O avô de Rhuan, Francisco das Chagas, mais conhecido como Chaguinha, torce para que a mão da justiça pese sobre as assassinas confessas de seu neto. “ Espero que elas peguem pena máxima”, diz o senhor. “Ele era um inocente sem defesa. A morte dele ainda dói muito.”

Rodrigo Oliveira, ex-marido de Kacyla, faz coro com Chaguinha. “Espero que a justiça seja feita e eu acredito que elas serão condenadas à pena máxima.”

Relembre o caso

Na madrugada do dia 1º de junho de 2019, Rosana matou o filho Rhuan Maycon com 12 facadas. Ela disse que fez isso porque queria apagar as lembranças que tinha da família do pai do garoto. Kacyla, companheira e cúmplice no crime, disse que o ato estava sendo planejado há tempos e que o objetivo da assassina era “sumir com ele do mapa”.

O crime teve características brutais. Após as facadas, Rosana esquartejou o garoto e tentou arrancar a pele do corpo dele para fritar. Queria, também, assar partes na churrasqueira da casa onde moravam, em Samambaia Norte, além de jogar outras partes no vaso sanitário. Só desistiu por conta do cheiro forte.

Sem êxito na primeira tentativa descrita acima, Rosana colocou as partes de Rhuan em mochilas e lancheiras, e despegou em um bueiro na QR 425, em frente à creche Azulão. A Polícia Militar do DF (PMDF) foi acionada e achou o corpo de Rhuan. Logo após, encontrou as mulheres.

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