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Brasília

Brasil gerou mais de 120 mil empregos apenas em abril

Os dados foram divulgados pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia nesta sexta-feira (24)

Aline Rocha

24/05/2019 15h01

Foto: Tony Winston/Agência Brasília

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apenas em abril de 2019, o Brasil registrou abertura de 129.601 vagas de emprego com carteira assinada. Isso é resultado de 1.374.628 admissões e 1.245.027 desligamentos. Os dados foram divulgados pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia nesta sexta-feira (24).

De acordo com a pesquisa, esse foi o melhor resultado para o mês desde 2013 que, na época, registrou a criação de 196.913 vagas. Já é o terceiro ano consecutivo de saldos positivos e crescentes no mês, o que reflete a recuperação do contingente de empregos formais em abril desde 2017. No acumulado do ano, de janeiro a abril, foram gerados 313.835 postos de trabalho e o estoque de empregos chegou a 38,5 milhões.

O resultado de abril de 2019 está diretamente relacionado aos setores de Serviço, Indústria de Transformação e Construção Civil, responsáveis pela maior parte da geração de empregos no mês. Destaca-se ainda que o saldo de emprego foi positivo nos oito setores econômicos.

Em abril, o setor de Serviços abriu 66.290 vagas de emprego e apresentou saldo positivo em todos os seis subsetores, com crescimento de 0,38% em relação ao mês anterior. A Indústria de Transformação gerou 20.479 novos postos formais, saldo positivo em sete dos 12 subsetores. Na Construção Civil foram criados 14.067 postos de trabalho, impulsionado pelo subsetor de construção de edifícios, que abriu 5.365 vagas, e pela construção de rodovias e ferrovias que criou 2.148 postos de trabalho.

Comparando-se com o mesmo mês de 2018, o saldo em abril de 2019 foi superior em 13,7 mil postos de trabalho. Nessa comparação, os saldos foram maiores principalmente nos setores da Agropecuária (12,3 mil), Comércio (três mil) e Serviços (dois mil) e menores nos setores da Indústria de Transformação (3,6 mil) e Construção Civil (0,3 mil).

Emprego regional

Em âmbito regional, todas as regiões apresentaram melhora na geração de empregos, com destaque para o Sudeste, que criou 81.106 postos formais. Na sequência aparecem as regiões Nordeste (15.593), Centro-Oeste (15.240), Sul (14.570) e Norte (3.092).

O emprego foi positivo em 23 unidades federativas. Os maiores saldos positivos ocorreram em São Paulo (50.168), Minas Gerais (22.348), Paraná (10.653), Bahia (10.093) e Maranhão (6.681). Entre os quatro estados que apresentaram saldo negativo, o maior recuo ocorreu em Alagoas, com o fechamento de 4.692 vagas de emprego, seguido do Rio Grande do Sul (-2.498), Rio Grande do Norte (-501).

Modernização Trabalhista

Pela modalidade de trabalho intermitente foram gerados 5.422 empregos, envolvendo 2.491 estabelecimentos e 1.980 empresas contratantes.

Esse resultado representa um aumento de 1.439 empregos (36,1%) na comparação com abril de 2018, quando o saldo foi de 3.983 empregos intermitentes. Foram registradas ainda 7.419 admissões em regime de tempo parcial e 4.592 desligamentos, gerando um saldo positivo de 2.827 postos de trabalho. Em abril, ocorreram 17.513 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, 38,1% a mais que os 12.677 casos registrados em igual período de 2018. Os dados do Caged estão disponíveis em http://pdet.mte.gov.br/caged.

Salários

O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada teve queda real de 1,32% em abril de 2019 ante o mesmo mês de 2018, para R$ 1.584,51, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Na comparação com março, houve alta de 0,45%, informou nesta sexta-feira, 24, o Ministério da Economia.

O maior salário médio de admissão em abril ocorreu na atividade extrativa mineral, com R$ 2.432,65, puxado pelos salários da Petrobras. Já o menor salário médio de admissão foi registrado na agropecuária, com R$ 1.327,02.

Vagas 

No setor serviços, os segmentos de serviços médicos, odontológicos e veterinários lideraram a criação de empregos, com 20.589 vagas. Os segmentos de comércio e administração de imóveis criaram 13.023 postos de trabalho. “O aumento relacionado a aluguéis e serviços de engenharia mostra que a construção civil tem mostrado recuperação”, avaliou Magalhães.

Os segmentos de transportes e comunicações registraram a criação de 11.102 vagas no mês passado. “A maior parte se refere à abertura de empregos no transporte de cargas, sinalizando um maior dinamismo no varejo”, acrescentou o coordenador. Já os serviços de educação abriram 9.270 vagas em abril.

Já no setor industrial, o destaque foi o segmento de produtos alimentícios, com 9.884 vagas em abril, puxadas pela fabricação de álcool. Na sequência, a indústria química abriu 7.680 vagas no mês. Já a indústria têxtil criou 1.845 postos de trabalho.

Por outro lado, houve fechamento de 1.136 vagas na indústria de papel e produtos gráficos. “Com a substituição pelos meios digitais, a perda de emprego nesse segmento é estrutural e tende a continuar ao longo do tempo”, explicou Magalhães. 

Na construção civil, a abertura de 14.067 postos foi impulsionada pela criação de 5.365 vagas na construção de edifícios, seguidos pelos 2.148 empregos na construção de rodovias e ferrovias. Houve ainda a abertura de 1.525 postos de trabalho no segmento de instalações elétricas.

Magalhães também destacou a abertura de 13.907 vagas na agropecuária em abril. “A partir de abril veremos novos saltos na criação de vagas do setor. O resultado dos empregos na agropecuária em 2019 deve ser superior ao do ano passado”, completou. 

Ele citou ainda que o comércio varejista continuou sustentando o ritmo de crescimento que vem apresentando ao longo do ano. Dos 12.291 postos abertos em abril, 11.300 vagas foram criadas no varejo.

 

Com informações de Caged e Estadão Conteúdo

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