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Brasília

Bares e Restaurantes: setor fatura 40% do rendimento pleno

Com vendas on-line, delivery ou take away, faturamento pode chegar a 60% ou 70% do que era antes da pandemia

Vítor Mendonça

17/08/2020 6h16

Um mês após a reabertura de bares e restaurantes no Distrito Federal, o setor fatura cerca de 40% do rendimento pleno antes da pandemia com o atendimento presencial. Com a ajuda das vendas on-line, por delivery, o faturamento pode chegar a 60% ou 70% do anterior para alguns estabelecimentos, segundo o Sindicato Patronal de Hotéis, Bares e Restaurantes do DF (Sindhobar/DF).

A recuperação conseguida no último mês é um bom sinal para os comerciantes, que permaneceram fechados por aproximadamente quatro meses. A organização sindical estima que, dos 11 mil estabelecimentos anteriormente ativos antes da crise, 3 mil não subsistiram e precisaram fechar as portas definitivamente.

“Está dentro do que imaginávamos. Sabemos que temos nossa própria limitação dos espaços e isso, por si só, já limita nosso faturamento. O crescimento da frequência de atendimento foi lenta e gradual. À medida que o tempo passa, gradativamente a população ganha confiança e ousa um pouco mais”, afirmou Jael Antônio da Silva, presidente do Sindhobar.

Durante os 30 dias da reabertura — ocorrida em 15 de julho — o Dia dos Pais foi o auge do faturamento para os estabelecimentos.

O movimento foi controlado, segundo Jael, por meio dos agendamentos, que evitaram filas desnecessárias na porta dos locais e garantiu que a casa suportasse o número de clientes permitidos.

“Vamos ver se conseguimos criar um novo Dia dos Pais ou um novo Dia das Mães no próximo mês”, brincou Jael.

De forma geral, os fins de semana são os melhores dias para as casas do setor, que conseguem lotar os 50% de ocupação determinados pelo Decreto n° 40.439, publicado no dia 2 de julho, em edição extra do Diário Oficial do DF.

Autuações

Por outro lado, apesar do sucesso de alguns estabelecimentos no controle dos clientes e rigor às normas estabelecidas, outros 27 foram multados por infrações contra o decreto que dispõe sobre as regras sanitárias para diminuir a taxa de contaminação do vírus. São, ao todo, R$ 97.956,00 em autuações desde 15 de julho, de acordo com levantamento do DF Legal, órgão fiscalizador.

Ainda de acordo com informações do órgão, foram 42 estabelecimentos interditados por problemas de escrituração e alvará de funcionamento, não necessariamente ligados ao controle de medidas contra o novo coronavírus. A multa, de R$ 3.628,00, é dada quando o uso de máscaras e a disposição de álcool em gel, por exemplo, apresentam falhas.

Apesar de listar apenas oito estabelecimentos interditados ligados ao Sindhobar, o presidente reforça a ação do órgão fiscalizador, que, segundo ele, tem sido cordial e atento às notificações e alertas dados aos bares e restaurantes.

Saiba Mais

A cidade que mais recebeu autuações do DF Legal foi Ceilândia, a cidade com a maior quantidade de contaminados e mortes pela covid-19.

“Se existe irregularidade, o certo é multar mesmo”, afirmou Jael Antônio da Silva, presidente do Sindhobar.

“Comparado aos 8 mil estabelecimentos do DF, porém, é um número pequeno de autuações”, comparou.
Para ele, a chave para o maior faturamento e garantia de clientes está na confiança passada quanto às regras sanitárias.

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