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Brasília

Assédio na administração pública é tema de curso para ouvidores

A ideia é criar uma rede interna no governo, para a prevenção contra esse tipo de crime, conforme previsto em lei distrital

Redação Jornal de Brasília

10/02/2021 16h00

Atualizada 11/02/2021 0h54

woman raised her hand for dissuade

Nesta semana, servidores da ouvidoria do Governo do Distrito Federal (GDF) estão participando de o curso Assédio na Administração Pública. A ação está de acordo com o Decreto 41.536, de dezembro de 2020, que visa combater casos de perseguição e importunação no ambiente de trabalho.

Além do conhecimento adquirido, a ideia é criar uma rede interna no governo, para a prevenção contra esse tipo de crime. Nesse contexto, o curso faz parte do Programa de Prevenção ao Assédio na Administração Pública do Distrito Federal.

A iniciativa é da Escola de Governo do Distrito Federal (Egov), órgão vinculado à Secretaria Executiva de Valorização e Qualidade de Vida (Sequali), da Secretaria de Estado de Economia (Seec)

Desde segunda-feira (8) até sexta-feira (12), os 40 cursistas estão acompanhando as aulas presencialmente, no auditório da Egov, das 14h às 18h. Além da versão presencial, o curso também estará disponível em Educação a Distância (EaD).

“Nossos ouvidores são a porta de entrada por meio da qual a sociedade procura o governo para fazer manifestações e reclamações, e é quando acontece o primeiro filtro”, reforçou o Controlador-Geral do DF, Paulo Martins. “Como já existe um decreto de prevenção ao assédio, queremos que os profissionais que cuidam disso estejam o mais preparados possível”, completou.

Denúncias

O objetivo do curso é apresentar aos servidores públicos conhecimentos que lhes possibilitem atuar e dar encaminhamento às denúncias de assédio, bem como formas de prevenção da prática no ambiente de trabalho.

Durante a capacitação, os cursistas estão recebendo aulas sobre assédio moral, assédio sexual, teletrabalho, comunicação não violenta, mediação de conflitos e processo administrativo disciplinar nos casos de assédio moral e sexual.

Segundo a instrutora do curso, Michelle Gomes Heringer Caldeira, Chefe da Assessoria de Apoio aos Julgamentos da CGDF (Controladoria-Geral do DF), “a ideia é capacitar previamente os ouvidores, para que possam ter mais conhecimentos no tratamento das denúncias de assédio, considerando que serão eles os primeiros a dar os encaminhamentos após receberem as denúncias”.

“Quero transmitir conhecimento sobre o tema, de modo a promover a reflexão sobre o assédio moral e sexual e suas implicações e consequências no âmbito da Administração Pública do Distrito Federal e nas relações interpessoais e organizacionais”, detalhou a instrutora Michelle.

Para a secretária da Mulher, Ericka Filippelli, além do programa de prevenção, mais importante é preciso unir forças com todos os órgãos da Administração. “O propósito é justamente que essa rede possa ampliar ainda mais esse campo de atuação, abrangendo órgãos e empresas públicas, para que criem também seus programas específicos”, ressaltou

Impacto

Rafael Gauche, ouvidor da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom), comentou que o curso também causou impacto na vida pessoal dele. “Assuntos graves e importantes estão sendo trabalhados de forma leve e clara. O conteúdo é indispensável para minha atuação como ouvidor, pois será totalmente aplicado no tratamento dado às manifestações com as quais trabalho. Além disso, pessoalmente, despertou-me mais empatia e senso de humanidade”, afirmou.

A secretária-executiva de Valorização e Qualidade de Vida da Secretaria de Economia (Seec), Adriana Faria, enfatizou a importância da capacitação sobre o assunto. “O primeiro passo é o conhecimento dos conceitos sobre assédio moral e sexual. A Egov tem papel fundamental nessa tarefa de conscientizar e de ampliar o aprendizado dos ouvidores. Esse curso é um grande pontapé para o início dessa jornada de conhecimento”, afirmou.

Além do curso presencial, a diretora-executiva da Egov, Juliana Tolentino, informou que até março será formado o curso a distância assíncrono. Nessa versão, as aulas podem ser acompanhadas pelo estudante independentemente do horário ou local. Exemplos conhecidos são as videoaulas e webinários.

As informações são da Agência Brasília

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