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Brasília

Aprender e ensinar matemática são desafios na quarentena

“A melhor ajuda, por parte dos pais,  é verificar se o aluno está realmente comprometido”, diz professor

Agência UniCeub

12/06/2020 16h56

Beatriz Ramos  e Rayssa Loreen
Jornal de Brasília/Agência UniCEUB 

Uma matéria que costuma gerar bloqueio em alunos do ensino fundamental, a matemática,  até mesmo nas aulas presenciais, requer ainda mais atenção de alunos e até familiares durante a quarentena. Para o professor Clayton Meije, nesse momento é primordial também o acompanhamento dos pais. “A melhor ajuda é verificar se o aluno está realmente comprometido”, explica o professor.

Estudante da rede pública do 3° ano, Anna Júlia, de 8 anos, conta com a ajuda da mãe nesse momento. A mãe, Tayrine Ferreira, recebe em casa atividades e livros que a professora leva para que a criança consiga estudar. Assim, a mãe dedica um momento do dia para colocar em prática os estudos de maneira leve. Aproveita o espaço aberto da chácara em que mora, buscando inovar nas explicações com o uso até mesmo frutas. Para Tayrine, esse momento tem sido muito desafiador pois precisa relembrar o que aprendeu para ensinar a filha. 

Anna Júllia, mesmo dedicada aos estudos em casa, tem sentido falta da escola e dos amigos. “Estudar em casa não é a mesma coisa que na escola. O jeito da professora é mais fácil”, desabafa a aluna, que está torcendo para que tudo isso acabe logo.

Davi Freire, de 9 anos, é aluno da rede particular e também conta com a ajuda dos pais nesse momento. Mesmo se sentindo despreparada por não ter a mesma didática do professor, a mãe, Carolina da Cruz, tem auxiliado a criança nas atividades que são enviadas diariamente pela escola. Como a maior dificuldade do filho é na matéria de Língua Portuguesa, os pais têm incentivado ainda mais a leitura nesses dias. A mãe explica que o filho, tem sentido bastante preguiça já que as atividades estão sendo feitas em casa durante este período. Às vezes, a televisão e os brinquedos parecem mais interessantes e atrativos 

O ensino

O professor Clayton Meije enfatiza que o acompanhamento dos pais, que já era importante, agora se torna essencial. Visto que os professores não têm como saberem se os alunos estão de fato interessados “do outro lado”, e se estão fazendo as atividades e avaliações online corretamente. “A melhor ajuda, por parte dos pais,  é verificar se o aluno está realmente comprometido, pois as aulas são feitas de forma mais lenta e básica, o que muitas vezes atrapalha na aprendizagem”. Meije relata que a paciência e a forma diferenciada de ensino pode comprometer no que está sendo ensinado. 

Clayton Meije expõe que no primeiro momento o ensino a distância pode ser desafiador, mas que uma vez acostumado, vira rotina. “Demorei um dia para fazer minha primeira vídeo aula, hoje faço em minutos. Um problema que enfrento é a falta de equipamentos. A tecnologia favorece se feita em doses certas, mas não como agora, que só existe essa opção”, relata Clayton.

 

 

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